Muitas vezes acabamos insistindo em relações falidas, que não têm nenhum tipo de afeto, e que tampouco almeja a evolução lado a lado.

Se envolver amorosamente com pessoas que não querem nada conosco não é algo raro, e nas redes sociais acabou se tornando um poderoso meme: trouxa. Mas a maioria dos mortais já passaram por esse momento em suas vidas, em que se deparam diante de um afeto intenso por uma pessoa que nada tem a oferecer a nível intelectual, apenas a nível físico.

Mas existe explicação, segundo reportagem do UOL, pode ser um suposto vício na química sexual, o que não necessariamente significa que a pessoa está viciada em relações sexuais, apenas que não consegue parar de pensar naquele paquera com quem passa momentos intensos e prazeros.

Ao podcast Sexoterapia, uma mulher que se identificou como Mariana, de 32 anos, contou que já está há cerca de quatro anos encontrando um homem de maneira esporádica (leia-se quando ele quer). A jovem explica que ele foi o primeiro com quem conseguiu sentir prazer no sexo depois de um longo relacionamento, e de um hiato se envolvendo com pessoas com quem não tinha nenhum tipo de prazer.

Mas a mulher explica que, com ele, a sensação foi outra, chegando ao ponto de desenvolver uma certa obsessão pelo cara, mesmo sabendo que ele nunca vai levar o envolvimento adiante, e que sai com várias outras pessoas. Mariana conta que sempre que o homem some, ela acaba saindo com outros, mas que sente que não é a mesma coisa, o que faz com que se sinta motivada a sempre mandar mensagem.

Depois de um tempo, quando deseja aparecer novamente, eles voltam a se encontrar, saem, fazem sexo, riem juntos e ela aproveita o momento. Porém, sabe que no dia seguinte ele vai simplesmente desaparecer, e fica se perguntando até que ponto realmente quer que ele fique, já que sequer identifica pontos de convergência entre eles, além do sexo.

A ciência explica

Especialistas alegam que ela pode ter desenvolvido um vício na química sexual que teve com o rapaz, ainda que a “carência seja a mãe da roubada”, como a escritora Clara Averbuck sempre reforça. Isso faz com que um simples sexo mediano seja elevado a uma categoria que não deveria, porque está acima das categorias “nenhum sexo” e “sexo ruim”, que definitivamente não ajudam, não é mesmo?

Diferença entre tesão e amor

Porém, a especialista ressalta que, de fato, ao longo da vida, todos nós teremos algumas parcerias mais interessantes sexualmente do que outras. É completamente natural que, quando façamos um retrocesso na nossa vida sexual, tenhamos alguns momentos e algumas pessoas que nos marquem mais.

Assim como a química sexual não pode ser criada ou produzida, precisa nascer de maneira espontânea, não necessariamente significa que ela vai evoluir a ponto de se transformar em amor. E isso tampouco quer dizer que a relação sexual terá mais qualidade, ou que pode ser classificada como sinônimo de uma relação amorosa saudável.

Em relações estritamente sexuais, com parceiros falando claramente que essa é sua vontade, não adianta colocar as expectativas de maneira muito elevada. Além de se frustrar, você pode acabar desenvolvendo certas questões consigo mesma e com sua autoestima, sendo uma permanência que pode atrapalhar e até mesmo ferir.

Quando a relação não ultrapassar o desejo e o toque físico, tenha ciência de que não adianta esperar muita coisa, e que esse tipo de envolvimento pode até mesmo atrapalhar suas relações na possibilidade de um romance que vai além da parte física. Mantenha os pés firmes no chão e sempre se lembre a realidade, pode ser que em alguns casos seja mais fácil desatar esse nó antes que as coisas se tornem mais complicadas.

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Agatha Rodriguez
Jornalista e redatora no site O Segredo. Procura escrever sobre temas impactantes e presentes no cotidiano de todos, incentivando as pessoas a se tornarem melhores a cada dia.

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