Um bebê de apenas sete dias teve seu pênis amputado após um erro médico durante uma circuncisão na Somália. O caso foi relatado na revista Annals of Medicine & Surgery.
O procedimento, comum na África Oriental, foi realizado por um cirurgião inexperiente, que utilizou calor excessivo ao cauterizar o prepúcio. O uso inadequado da técnica resultou em danos severos aos tecidos do órgão, levando à necrose.
Pouco depois da cirurgia, a pele do pênis do bebê começou a mudar de cor e necrosou rapidamente. Ele foi levado a um hospital, onde precisou ser anestesiado para a remoção do tecido comprometido. A amputação total foi inevitável.
Para evitar o estreitamento da uretra, os médicos inseriram um cateter no que restou do órgão. O bebê permaneceu internado para monitoramento e o cateter foi mantido por três meses para prevenir complicações urinárias. Nos meses seguintes, ele seguiu em acompanhamento médico, apresentando uma boa cicatrização, sem necessidade de enxerto de pele.
Segundo o estudo, a circuncisão é amplamente realizada no mundo por razões culturais, religiosas e médicas. Complicações graves como essa são raras, e o procedimento pode trazer benefícios, como a redução do risco de infecções urinárias na infância e doenças sexualmente transmissíveis na vida adulta.