Por Carolina Dieckmann abriu o jogo sobre um episódio de perseguição que sofreu por integrantes do programa Pânico na TV (2003-2012).
Em 2006, humoristas da atração exibida na RedeTV! foram detidos pela polícia após invadirem a privacidade da atriz.
Ela revelou que sofreu muito com o caso, pois parte do público passou a enxergá-la como uma pessoa antipática.
Em uma entrevista para o podcast Quem Pode, Pod, apresentado por Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank, a artista comentou sobre o assédio sofrido.
A atriz participaria do Sandálias da Humildade, quadro em que celebridades recebiam uma espécie de “prêmio” por serem consideradas arrogantes ou por ignorarem a equipe do programa.
Os humoristas Vesgo e Ceará foram para a casa de Carolina e, enquanto tentavam contato com a atriz, gravavam o prédio em que a artista morava.
“Eu falei: ‘Não, vocês não vão entrar aqui. Não estou nem aí que vocês são o maior sucesso do Brasil, aqui vocês não entram’. Era um andaime na frente do meu prédio, filmando a minha casa”, relembrou ela.
Devido ao episódio, críticas direcionadas a artista foram reforçadas por parte do público. “[Sofri] muito. As pessoas me xingavam na porta da minha casa, eram mais de cem pessoas. Os caras saíram de lá algemados, os vizinhos tiveram que chamar a polícia”, relembrou Carolina.
Após o caso, a equipe do programa foi proibida pela Justiça de citar o nome da atriz durante as exibições. Caso contrário, seriam penalizados a pagar R$ 500 mil para Carolina.
“A primeira vez que eu ouvi falar do Pânico, era uma brincadeira que chamava a Marília Gabriela de dragão”, contou a artista. “Eu, naquela época, já não achava graça”.
Em seu perfil nas redes sociais, Fernandes Paes Leme saiu em defesa da intérprete de Lumiar em Vai na Fé. A apresentadora do podcast pontuou o teor negativo do humor praticado pelo Pânico na TV.
“As nossas percepções de certo, errado, divertido, engraçado, ofensivo, agressivo, dentro da televisão e na sociedade, foram mudando. Ainda bem”, escreveu.
“É um tipo de ‘humor’ que não faz mais graça e que nunca deveria ter feito. Carol tem meu profundo respeito por desde sempre perceber a violência daquilo tudo”, completou Fernanda.
Assista ao trecho da entrevista:
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