Por Os profissionais da área da saúde indicam apenas alguns tipos de cirurgias que podem ser realizadas pelo SUS, e as estéticas apenas quando se confirma prejuízo emocional.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, que vai desde o atendimento simples na Atenção Primária, até mesmo transplante de órgãos, sempre buscando garantir acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.
Antes da Constituição Federal de 1988, que prevê que “a saúde é direito de todos e dever do Estado”, o sistema público de saúde do Brasil prestava assistência apenas aos trabalhadores que estavam vinculados à Previdência Social, o que girava em torno apenas de 30 milhões de pessoas, sendo que as demais dependiam de ações de entidades filantrópicas.
Muitas pessoas questionam se o SUS realiza ou não cirurgias plásticas, e a resposta é muito simples: sim. Mas é preciso explicar de maneira correta quais e como esses procedimentos são realizados, se você tem curiosidade sobre o assunto, confira abaixo a explicação:
Quais procedimentos o SUS realiza?
Em primeiro lugar, vale à pena explicar que existem dois tipos de cirurgias plásticas no Brasil e no mundo: as estéticas, que visam apenas mudar a aparência; e as reparadoras, que melhoram o bem-estar e a saúde dos pacientes. As cirurgias reparadoras têm o objetivo de corrigir deformidades congênitas e/ou adquiridas, devidamente reconhecidas, ou ainda quando existe déficit funcional parcial ou total cujo tratamento exige recursos técnicos da cirurgia plástica, sendo considerada tão necessária quanto qualquer outra intervenção cirúrgica.
Os principais procedimentos realizados pelo SUS são:
- Reconstituição do lábio leporino;
- Cirurgia de mudança de sexo;
- Abdominoplastia (correção de flacidez e redução de pele após grande perda de peso);
- Vasectomia e laqueadura;
- Redução do estômago;
- Otoplastia (correção das orelhas de abano);
- Redução das mamas;
- Ginecomastia (correção do crescimento anormal das mamas nos homens);
- Fendaplaslatina (correção de pálpebras enrugadas);
- Catarata;
- Reconstrução das mamas após retirada de tumor;
- Deficiências ou deformidades no rosto;
- Queimaduras que levaram a deformações.
Em alguns casos, quando fica comprovado que o paciente possui baixa autoestima, prejuízo emocional ou que sofre algum tipo de bullying ou preconceito por conta da aparência, é possível que cirurgias estéticas sejam realizadas, como é o caso da otoplastia, que não necessariamente influencia a vida dos pacientes no que tange a saúde física, mas tem relação direta com a saúde emocional.
Como faço para conseguir uma cirurgia?
Em primeiro lugar, é preciso ser cadastrado no SUS, assim é possível ser avaliado por um profissional da rede pública e saber qual o diagnóstico. Caso o médico constate que é necessário que o paciente seja submetido a uma cirurgia plástica, ele irá entregar um requerimento para que o procedimento seja realizado.
Com o requerimento entregue pelo médico, o paciente pode apresentar sua solicitação na unidade de saúde que realiza o procedimento, dessa forma os profissionais já o incluem na lista de espera. Se não for um caso de emergência, a cirurgia pode demorar meses, ou até mesmo anos para ser realizada; em alguns casos, os profissionais afirmam que pode ser necessário buscar a ajuda de um advogado que entre com um mandado de segurança para que a cirurgia seja realizada.
Um dos procedimentos mais realizados atualmente pelo SUS é a cirurgia bariátrica, que reduz o estômago dos pacientes. Porém, esse é um caso que depende de muita análise, e que os médicos indicam apenas em casos extremos. Outra muito comum é a abdominoplastia, que remove o excesso de pele do abdômen, principalmente nos casos de quem já fez a bariátrica, ou naqueles em que o paciente apresenta uma grande perda de peso que culmina na flacidez.
*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.
O que você achou do texto?
