A pesquisa foi realizada pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca, com mais de 4,5 mil pessoas.
O estudo feito pelos pesquisadores dinamarqueses analisou os términos de relacionamento das pessoas e os anos que viveram sozinhos.
Um novo estudo publicado no Journal of Epidemiology & Community Health, feitos por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, mostrou que homens solteiros, que passam por várias separações e moram sozinhos por mais de um ano, pode ter um risco de morte dobrado, se comparado com as mulheres.
De acordo com as informações do site americano Insider, a pesquisa foi realizada através de marcadores de saúde de 1.442 mulheres dinamarquesas e 3.170 homens, entre 48 e 62 anos. Os pesquisadores analisaram diversos fatores, como a quantidade de términos que cada participante teve durante a vida e quantos anos viveram sozinhos depois disso.
Depois da análise dos términos dos participantes, aqueles que moraram sozinhos por menos de 1 ano foram colocados no grupo de controle do estudo, onde iniciou uma nova análise sobre eles. Níveis de escolaridade, Índice de Massa Corporal (IMC) e histórico de doenças crônicas e familiares foram analisados para dar continuidade à pesquisa, segundo o Insider.
Assim, os responsáveis pelo projeto conseguiram descobrir que os homens que tiveram mais relacionamentos rompidos, de modo geral, tiveram em média 17% de níveis de inflamação mais altos nos exames de sangue do grupo de controle. Outro fato declarado no estudo dinamarquês é que os homens que viveram sozinhos por 7 anos ou mais tiveram níveis de inflamação 12% maiores, o que aumenta o risco de morte precoce no indivíduo.
Então, o estudo revela que os homens solteiros, que viveram sozinhos por muito tempo e tiveram mais alteração nos níveis de inflamação, tem mais chances de morrer se comparado as mulheres. Isso porque, as mulheres que experimentaram mais separações ou mais tempo morando sozinhas não tiveram níveis mais altos de inflamação.
Tal inflamação pode contribuir para o risco de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes tipo 2 após certo tempo de vida. Apesar das afirmações da pesquisa, é importante ressaltar que, como foram mais homens que mulheres utilizados no estudo, isso pode ter influenciado nos resultados. Ainda segundo o estudo dinamarquês, os pesquisadores afirmaram que os homens tendem a ter comportamentos mais externalizantes após um rompimento, como a ingestão de álcool, o que pode contribuir com os níveis altos de inflamação.
Segundo informações do Terra, o especialista de relacionamentos Caio Bittencourt acredita que o isolamento social pode ter dobrado as chances de morte dos homens, pela falta de tempo para procurar uma parceira. Ele explica que, como o ser humano é social por essência, tem necessidade de companhia, e pode ser que a correria do dia a dia muitas vezes deixa as coisas emocionais de lado, dando lugar a distúrbios mentais e consequentemente doenças também.
Além disso, Caio Bittencourt também falou que, não à toa, as pessoas têm buscado cada vez mais relacionamentos através da internet, e acredita que isso pode ser uma solução para evitar os transtornos causados pela rotina. Ainda segundo o Terra, o especialista de relacionamentos diz que um relacionamento leve e transparente pode alongar a expectativa de vida das pessoas.
O Dr. Martin Tovée, da Universidade de Newcastle, acredita que o casamento pode tornar as pessoas mais resistentes para encarar as dificuldades da vida. Segundo o Terra, ele explicou que isso se deve ao fato de ter alguém confiável e prontamente acessível para todos os momentos, o que é muito importante para a saúde a longo prazo.
Assim, é possível entender que, mesmo após a pesquisa dinamarquesa, criar conexões verdadeiras é essencial para manter a qualidade de vida das pessoas no geral, pois faz muita diferença em termos de longevidade na vida.