O Instituto de Câncer de Emilia-Romagna, na Itália, criou um componente que promete bloquear o avanço do câncer de mama e impedir metástases.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo todo. De acordo com os dados estatísticos disponibilizados pelo Instituto Oncoguia, em 2018, mais de 2 milhões de novos casos surgiram, o que equivale a mais de 11% de todos os tipos de câncer estimados.
Quando não é descoberto no início, a letalidade é alta, expondo os pacientes a sérios riscos de morte. Os tumores se proliferam de maneira rápida, causando as metástases e dificultando o tratamento.
Mais uma vez a ciência vence! Pesquisadores italianos estão estudando, desde 2012, a evolução do câncer de mama e o que fazer para combatê-lo de maneira mais eficaz.
O Centro de Osteoncologia, em colaboração com o Instituto de Pesquisa de Houston, no Texas (EUA), desenvolveram uma molécula que é capaz de bloquear o crescimento de tumores mamários.
O estudo se concentrou em decifrar molecularmente como as células cancerosas se multiplicam. A descoberta foi considerada inovadora e de extrema importância para entender e bloquear o avanço dos tumores malignos.
De acordo com as informações do Instituto Romagnolo, os pesquisadores utilizaram técnicas avançadas de engenharia biomédica e trabalharam em uma molécula nanotecnológica, que é equipada com substâncias chamadas de “anticâncer”, as quais funcionam como um anticorpo, atacando as células cancerosas e interrompendo seu crescimento.
Essa descoberta é crucial para o rumo da medicina agora, já que essa molécula é o futuro do tratamento mais eficaz contra o câncer. O pesquisador e diretor do Centro de Imunoterapia, Dr. Toni Ibrahim, disse que a equipe está confiante em que esse grande resultado trará benefícios terapêuticos.
O estudo não terminou; agora os pesquisadores verificarão a capacidade farmacológica, ou seja, a maneira como a molécula se comportará dentro do corpo humano, já que os estudos foram feitos apenas em laboratório. Os testes laboratoriais demonstraram que o potencial desse novo anticorpo é amplificado com doses em altas concentrações, e isso pode provocar efeitos indesejáveis no paciente, por isso a pesquisa está longe de terminar, afirmou.
O estudo continua tentando usar o antibiótico em baixa concentração para que os efeitos não sejam sentidos e sua eficácia se comprove, com isso o tratamento ficará mais rápido, sem danos colaterais e os resultados com uma precisão bem maior.
Com esse excelente resultado, a equipe espera que, o mais brevemente possível, comece o processo de confirmação da capacidade de esse anticorpo exercer a atividade farmacológica nos pacientes. Para isso, é necessário começarem os testes clínicos que, de acordo com a pesquisa, também terão resultados promissores.