O fenômeno meteorológico conhecido como Dana, uma sigla do espanhol, foi responsável pela morte de ao menos 224 indivíduos na Espanha no mês passado.

Recentemente, esse mesmo fenômeno chegou a Portugal, causando inundações expressivas. Nesta semana, o país está lidando com os impactos dessa tempestade, enfrentando enchentes notáveis.

O que aconteceu

Vídeos postados em redes sociais mostram estradas totalmente inundadas na região do Algarve, no sul de Portugal. Na última quinta-feira (14), motoristas foram pegos de surpresa pelas águas, ficando ilhados em seus carros em cidades como Olhão e Albufeira, conforme divulgado pela CNN portuguesa. De acordo com depoimentos à TVI, uma emissora local, uma chuva intensa caiu por cerca de 20 minutos. Embora não tenham sido reportados feridos, várias casas e estabelecimentos comerciais foram afetados pelas inundações.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil de Portugal (ANEPC) emitiu alertas sobre os perigos das inundações que estão ocorrendo. O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) previu que as chuvas fortes persistiriam até domingo (17), com foco especial nas regiões do baixo Alentejo, Algarve, Setúbal, Lisboa e Santarém. A ANEPC ressaltou um “maior potencial de severidade” particularmente no baixo Alentejo e Algarve.

O que é Dana

Dana é um fenômeno característico da Península Ibérica, abrangendo Espanha e Portugal, especialmente durante o outono europeu que começa em setembro.

É marcado por uma tempestade intensa, muitas vezes acompanhada de ventos fortes, granizo e trovões. Este fenômeno pode perdurar por vários dias e é estacionário, o que eleva seu potencial perigoso.

Diferente de outras condições climáticas, esta depressão isolada em altos níveis tende a permanecer “parada” no mesmo local, não se deslocando como tempestades mais comuns e menos severas.

O Dana não sempre leva a tempestades extremas e graves. Segundo a Agência Meteorológica da Espanha (Aemet), torna-se perigoso e destrutivo quando encontra massas de ar quentes e úmidas. Isso ocorreu em Valência quando essas massas se encontraram com o ar quente do Mediterrâneo. Os relevos do sudeste espanhol também “interagem” com esses fluxos de ar, intensificando o fenômeno.

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