3 atitudes

A qualidade dos relacionamentos pode ser comparada à primeira camada de gelo que se forma em um lago no inverno: excitante, insegura e instável.

Essa comparação se dá pela rapidez com que os romances sobrevêm, iniciando-se intensamente, dando lugar a certezas trépidas e, por fim, términos exaustivos e traumáticos.

São muito intensos ou muito superficiais. Ambos altamente instáveis, à medida que os lados se reconhecem. Há uma doação integral, sem conjecturas nos inícios apaixonados, por crer ser este o segredo da união plena. Esta crença provém da necessidade do afeto correspondido e é esta ilusão que resulta em frustrações amorosas inevitáveis e duramente destrutivas.

Todo início amoroso é mágico. As descobertas surpreendem pela abnegação do indivíduo, dotado de encanto por sua indiferença, proporcionando ao outro a falsa sensação de liberdade individual, já que se fundem os sentimentos a ponto de se tornarem duas metades encaixadas e não dois inteiros diferentes que se atraem.

Mexe com todos os sentidos, o olfato, a visão, o tato, a audição e os sentimentos mais profundos. E nesta dança da conquista, onde tudo parece se encaixar perfeitamente, tornando-se insólito, a música para.

O relacionamento instintivo, ou seja, aquela atração física, envolvendo a necessidade fisiológica atrelada à famosa “química”, predomina na atual sociedade. Já não há quem queira perder tempo para estabelecer um vínculo de afeto, seguindo o padrão original da amizade, paulatinamente, até chegar ao ápice do amor.

E nesta busca frenética pelo amor ágape, o indivíduo se perde, perde seu eu, muda sua trajetória e se culpa, pelas mudanças intensas, devido a não sustentação da imagem criada para atrair o objeto de desejo. Então, vê-se frustrado pela realidade da solidão repentina.

Não se pode negar que a paixão é o principal ingrediente, aquele que dá fluidez ao casal. No entanto, há algumas necessidades primárias a serem atendidas, para que aquele novo amor não se vá, com o primeiro pedaço do bolo.

Logo, estas 3 atitudes, podem e devem fazer parte de qualquer início consensual de amor. Se bem estabelecidas, criam raízes que mantém outras áreas no invólucro da união, distanciando as chances de um rompimento inesperado.

COMUNICAÇÃO

É a comunicação, ou a falta dela, que deixa o abismo entre os pretendentes ao cargo de cônjuge. Há uma retenção de sentimentos e atitudes para manter a magia, que, inevitavelmente, se liquidifica, por não ter a base de sustentação. Sendo a amizade o ingrediente fundamental para manter a ternura da relação nos enfrentamentos de crises amorosas inevitáveis.


OBJETIVOS ESTABELECIDOS

Em tempos de crise, a melhor estratégia é ter objetivos constituídos em comum acordo, para alcançar resultados abrangentes. Há que se negociar caos, sonhos e promessas e esta premissa reverbera em todo restante, proporcionando estabilidade emocional.


DOAÇÃO

Doar-se demanda desapego de sua presunção, sendo esta prática uma difícil tarefa para os que buscam alguém que o faça vibrar. É na doação ao outro que se encontra a satisfação amorosa. Fazer o outro feliz, proporcionando a segurança da engrenagem de sentimentos do dar e receber, sem ambiguidades.

Munindo-se destas 3 importantes ferramentas, intensifica-se a autoconfiança mútua e compartilhada, causando inevitavelmente uma série de novas raízes, que se fixam internamente, envolvendo os indivíduos em uma poderosa teia de amor.


Direitos autorais da imagem de capa licenciada para o site O Segredo: yeko / 123RF Imagens

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Gisele Possato
Gisele Possatto mora em Curitiba é mãe, Psicóloga, palestrante, consultora, escritora e idealizadora do projeto de resgate da personalidade APOIAR. MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Coach. Experiência com RH, onde atuou trabalhando relacionamentos profissionais e desenvolvimento de pessoas. Também é especialista em perfil psicológico voltado a sites de relacionamentos.

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