Amor platônico – Como deixar ir?
Às vezes apaixonamo-nos por alguém e… não é a pessoa certa. Não estou a dizer que existam pessoas certas ou erradas, mas existem sim aquelas que condizem com aquilo que realmente queremos – Felicidade, carinho, paz, confiança…
Escolhemos um determinado tipo de relacionamento, mesmo sem ter sido de maneira consciente. Emitimos o pedido para o Universo como resultado de todas as situações que vivemos, que nos levaram a escolher as características do relacionamento que nos faz mais felizes.
Vivemos situações contrastantes, ou seja, acontecimentos que reforçaram e redefiniram aquilo que queremos no nosso relacionamento. Quer tenham sido durante um relacionamento passado, ou durante a vida de solteiro(a).
Por causa desses momentos, criámos aquilo que preferimos, e agora a única coisa a fazer é permitir que flua.
Mas por vezes parece muito difícil, porque há um certo alguém a “puxar-nos” para trás: a pessoa que não podemos ter, o chamado amor platônico.
Resignamo-nos com o fato de que não vai dar com aquela pessoa, mas mesmo assim algo faz-nos sempre duvidar. Temos carinho por aquele alguém especial, porque vivemos momentos preciosos com ele(a), e por isso sentimos que estamos de certa forma a trair esse passado que mudou a nossa vida para melhor, ao deixá-lo para trás.
Ou no caso dos relacionamentos abusivos, há sempre aquela réstia de compaixão pela pessoa, que podemos insistir porque há potencial para melhoria e as coisas podem mudar, ele(a) pode mudar.
Podemos ter medo de mudar, de deixar a zona de conforto de velhos padrões, hábitos e estilo de vida. Porque quando estamos inseguros parece que a mudança será para pior, e já nos imaginamos a pensar que poderíamos ter ficado onde estávamos.
Mas se praticarmos, aos poucos, mudar a maneira como vemos o que é estar num relacionamento, estamos a dar um passo em frente e a desencadear as melhorias. Não se trata de controlar as situações, mas a nossa perspectiva.
É nestes momentos de impasse que temos de reavaliar onde nos encontramos, e se condiz com aquilo que queremos e que nos traz felicidade.
Quando se tem a certeza de que aquela pessoa não é a companhia que queremos, de que não vai dar, e de que podemos ter muito melhor, é hora de deixar ir.
Não estou a dizer que devemos fugir dos problemas, falo daqueles amores platônicos, unilaterais, em que não há qualquer esforço da outra parte para melhorar, nem do nosso lado para insistir.
Quando comecei a saber da Lei da Atração e da maneira como manifesto coisas e pessoas na minha vida, entendi que não me cabe a mim decidir como e quando as coisas vão acontecer.
A chave está na maneira como me sinto. Quanto melhor me sentir acerca do tema “relacionamento”, melhor as coisas correm nesta área. Decidi relaxar, deixar ir o passado e divertir-me no processo de permitir que o relacionamento perfeito se manifestasse, sem esforço ou controlo da minha parte.
Escrevi numa carta a maneira como um relacionamento ideal era para mim, e a maneira que me ia sentir quando o estivesse a viver. Escrevi esta carta no tempo presente, ou seja, estava a sentir o amor que ia viver no futuro, mesmo sem este ter aparecido fisicamente naquela altura.
Mas antes de tomar esta decisão, também me encontrava num impasse e achava que qualquer homem que aparecesse e me tratasse um bocadinho melhor era “o tal”, porque vivemos momentos especiais. E ainda hoje guardo estes momentos no coração, mas entendi que tudo fazia parte do processo.
As situações que vivi que me ajudaram a definir o que quero no meu parceiro e no meu relacionamento, são responsáveis pela união maravilhosa que vivo hoje. Cada detalhe, cada momento, eu manifestei porque escolhi deixar ir o passado e finalmente viver o amor que mereço.
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