janela quebrada

Muitas vezes nos chocamos ao olhar ao nosso redor e ver a violência, o abandono, a fome. Mas se levarmos em consideração a máxima: o nosso mundo externo é reflexo do nosso mundo interno, podemos, hoje, chegar a uma conclusão aqui e tomar uma atitude definitiva na nossa vida.

Fica comigo e vamos pensar juntos!

Quero antes contar-lhe uma história sobre a chamada Teoria da Janela Quebrada.

Ela foi desenvolvida por dois estudiosos chamados James Q. Wilson e George Kelling, criminologistas. Esses estudiosos chegaram à raiz do problema da violência e caos de Nova York nos anos 80 com essa teoria.

Há quase 40 anos, a cidade de NY vivia uma epidemia criminal, onde quase 10% da população estava envolvida nas infrações.

Porém, durante a década de 90, a cidade presenciou uma queda brutal nos índices de criminalidade. De 10% para menos de 4%, ficando abaixo da média dos Estados Unidos no ano 2000.

Nova Iorque saiu do caos para se tornar recentemente a 4ª cidade mais segura dos Estados Unidos (e a 21ª do mundo) com essa teoria da Janela Quebrada.

Segundo esses estudiosos, o crime é um resultado inevitável da desordem.

Se uma janela é quebrada e abandonada sem conserto, as pessoas, andando pelo local, irão concluir que ninguém se importa, que ninguém está no comando.

Logo, mais janelas serão quebradas e a anarquia irá se espalhar pelos prédios da cidade. Isso transmite um sinal à cidade de que tudo pode acontecer por ali.

Gostaria de compartilhar que é exatamente isso que acontece com a gente.


Antes, responda!

Já se sentiu dando muito mais do que recebia dos outros?

Já sentiu que os demais não o valorizavam?

Já sentiu solidão e abandono, culpando os demais por isso?

Já se sentiu sozinho quando mais precisou? Ou rejeitado por quem tanto se dedicou?

Será que a Teoria da Janela Quebrada não vale para a gente?

Com certeza: sim!


“JANELAS QUEBRADAS” IMPACTAM PROFUNDAMENTE NAS NOSSAS RELAÇÕES COM OS DEMAIS, COM A VIDA…

Vamos a outra história… ainda pensando nas janelas…

Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência na área da psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas abandonadas em vias públicas, em bairros diferentes. Elas eram da mesma marca, modelo e até cor. Uma ficou no Bronx, zona mais pobre de Nova York e a outra em Palo Alto, zona mais rica da Califórnia.

O resultado: a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Levaram tudo o que fosse aproveitável e o restante destruíram.

Ao contrário, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta, até que os pesquisadores partiram um dos vidros. Esse ato desencadeou o mesmo processo e o veículo foi reduzido ao mesmo estado que o do outro bairro.

Porque será que o vidro partido na viatura abandonada, num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo de agressividade e vandalismo?

Um vidro quebrado numa viatura abandonada transmite uma ideia de abandono, de despreocupação.

Será que as pessoas com quem a gente se relaciona muitas vezes nem percebem que estão numa relação de “via de mão única”, porque nos abandonamos? Será que os outros estão apenas usufruindo do melhor que temos e não dando nada em troca? Ou dando muito pouco?

Será que não somos nós que quebramos nossa própria vidraça, não dando atenção para a gente mesmo, não nos amando, dando maior importância para os outros?

Será que não quebramos nossa própria vidraça quando colocamos a vida no piloto automático? Vivemos dias esperando que alguém descubra o que precisamos ou algo que preencha nossas necessidades?

Se eu mesmo quebro a janela, não posso esperar que o outro seja responsável por arrumar.

Por isso, cada vez mais as pessoas se anestesiam com drogas, álcool, compras, doces…

Por isso, cada vez mais pessoas tiram a própria vida.

Por isso o índice de separações aumenta em larga escala.

Porque nos abandonamos e esperamos que os outros nos adotem.

Tudo serve para preencher um autoabandono. Mas esse falso preenchimento traz doenças e, muitas vezes, doenças graves. E como reverter isso tudo? Como resgatar nossa essência, nossa autoestima, nosso amor-próprio?


Que tal começar realizando algumas destas dicas:

– Procure se amar mais todos os dias.

– Dê elogios, presentes, afagos… para você mesmo.

– Pergunte sempre: Eu quero fazer isso? Qual a razão de estar fazendo isso? Saia do piloto automático gerando questionamentos saudáveis que o fazem melhorar a cada dia.

– Seja gentil com você, tenha mais paciência e resiliência consigo, com seus erros…

– Nunca desista de seus sonhos. Se precisar desviar da rota, trace novamente um planejamento que o faça retornar para a rota certa.

– Todos os dias dê, no mínimo, um abraço e um sorriso para você!

– Trace sempre suas metas e o que você quer para um, dois e três anos, assim a motivação será sempre uma aliada.

– Pelo menos uma vez ao dia entre em contato com sua criança interna. Faça algo que fazia quando criança, depois agradeça pela sua infância, pelo que você é.

Espero que nunca mais você quebre uma janela…

Grande e carinhoso abraço!

Isabel


Direitos autorais da imagem de capa licenciada para o site O Segredo: antonantipov1990 / 123RF Imagens

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Isabel Rios Piñeiro
Sou psicoterapeuta, consultora, escritora, graduada em Psicologia, com mestrado e várias especializações na área de desenvolvimento organizacional e humano. Sou apaixonada por tudo que faço e tenho como missão de vida disseminar equilíbrio emocional e transformar cérebros pela positividade, para melhoria da qualidade de vida emocional de cada um.

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