Não precisa dizer que está tudo bem!

Quantas vezes você sorriu quando apenas queria desmoronar? Quantas vezes puxou assunto somente para disfarçar a sua dor e tentar dizer para si que você pode ser normal?

Mas será que você já pensou, o que é ser normal? É como se vivêssemos na ditadura da comunicação, onde ninguém pode silenciar, e, caso alguém silencie, tem algo muito errado.

Mas qual o problema de algo estar errado?  Todos temos os nossos dias difíceis, nossas angústias, nossos problemas.

Quando não suportamos mais, podemos e devemos buscar ajuda. Seja a de um amigo, da família ou até mesmo de um profissional.

O que não podemos fazer é viver usando máscaras. Aos poucos, elas vão tomando todo o formato do nosso rosto, elas vão se unindo a nós. Chegamos em um ponto em que não sabemos o quanto de nós foi inventado e o quanto de nós, em essência, ainda nos resta.  Para cada máscara há um vazio diferente. Tentamos preencher de todas as formas, mas ele continua ali. Ele nos corrói.

Machuca-nos ser quem não somos, machuca viver dentro de uma ilusão, porque ela passa e, quando isso acontece, a solidão nos encontra.

É preciso aprender a ser congruente. Você não é obrigado a falar que está tudo bem se não estiver, você não é obrigado a dizer que gostou, se não gostou. E não, você não vai fazer feio.

Se quiser dizer bom dia, diga. Se não quiser, não diga e tudo bem também. Só assim teremos a oportunidade de viver uma vida real. Em que pessoas estão bem em um dia e no outro não estão. Em que as pessoas podem realmente expressar como se sentem.

Você pode ser você.  Não há nada melhor do que dizer que está bem quando realmente está tudo bem. É uma grande sensação de alívio.

Confie que as pessoas mais próximas podem escutá-lo. Às vezes, você só precisa gritar quem você é. Com criatividade, com excelência, com imensidão.

As piores mentiras não são aquelas que contam para você. São aquelas que você conta para você.

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Direitos autorais da imagem de capa: Camille Minouflet on Unsplash

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Karen Fialho
Karen Fialho, estudante de Psicologia. Amante da arte visual, teatro e literatura. Escreve nas horas vagas no blog Poetisa da periferia. Se pudesse realizar um desejo impossível convidaria Sartre, Kant, Carl Rogers e Leandro Karnal para tomar um café. Paulista que não troca a selva de pedra por nada no mundo, salvo Galápagos.

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