Qual a sua estratégia para procurar objetos perdidos? Já recorreu alguma vez ao São Longuinho? E encontrou mesmo né?

A Ciência descobriu como isso funciona. Pesquisadores do Departamento de Psicologia da University of Wisconsin-Madison e Pennsylvania University comprovaram que dizer em voz alta o nome de um objeto perdido aumenta consideravelmente as chances de encontrá-lo.

Os cientistas Gary Lupyan e Daniel Swingley sugerem no estudo que o discurso autodirigido pode modular o processamento visual auxiliando a função cognitiva e a percepção, permitindo melhora na concentração e aumento significativo na velocidade e eficiência da busca.

Minha irmã já conhece esse recurso há muito tempo e atribui a sorte a São Longuinho, o qual sempre teve como um grande aliado. E ela garante que funciona mesmo, mas que precisa pedir em voz alta pra ter resultado: “São Longuinho, São Longuinho, São Longuinho, se eu achar (falar o nome do objeto perdido) eu dou três pulinhos.”

Dizem que de cientista e louco todo mundo tem um pouco, e eis que minha irmã teve uma comprovação científica para a sua fé. Pelo menos ninguém mais vai achá-la doida por ficar chamando o tal do objeto desaparecido por aí, já que agora ela conta com o respaldo da ciência.

Sorte dela, porque ela vive perdendo as coisas.

Então, lembre-se, quando precisar encontrar algo fale em alto e bom tom que você terá grandes chances de sucesso. Se você vai atribuir o fato de encontrar seus objetos perdidos à sua fé a São Longuinho, como é o caso da minha irmã, ou à ciência, importa apenas a você.

O importante mesmo é pedir em voz alta. Vai que o São Longuinho não escuta bem….. e o seu cérebro também não.

Quanto aos três pulinhos. Bom, isso já é outra história.

O artigo é intitulado Self-directed speech affects visual search performance (Discurso auto direcionado afeta o desempenho de busca visual), e foi publicado no Quarterly Journal of Experimental Psychology.

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Direitos autorais da imagem de capa: kryzhov / 123RF Imagens

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Elaine Silveira
Mestra em Ciências pela Universidade de São Paulo e Instrutora de Yoga, encontrou em seus textos uma maneira de compartilhar 20 anos de experiência em meditação, yoga e qualidade de vida, em uma abordagem totalmente prática. As portas da percepção não se abrem com o intelecto mas através da jornada do caminho interno. "Nem a mente, nem o corpo ou o espírito anseiam por teoria ou conhecimento, mas sim por experiências reais."Boa prática!!!

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