Você faz tudo para ele (a) e nada tem valor. Você estuda, vai atrás de um conhecimento melhor para aplicar nos negócios e para ele a)? Não tem valor.
Estuda, busca e busca de novo, constrói nova renda e não tem valor, afinal, a tal renda não está sendo reinvestida da forma que ele (a) quer (você ainda consegue decidir algumas coisas). Nos negócios você ousa… Sucesso! Oi? Ouve uma frase de gratidão ou reconhecimento? Nãooo.
Não é a mãe (o pai) perfeito (a), (nem a dona de casa) que ele(a) esperou. Jamais será tão boa (bom) o suficiente para que ele (a) se agrade.
Nos negócios também não. É estranho ser respeitado ( por pessoas que não o (a) conhecem e não ser reconhecido (a) por quem está contigo todos os dias, não é?
À noite vocês chegam em casa, os filhos estão lá agitados ,claro! Afinal,a vida de vocês é só trabalho. Agora, decerto, terá atenção e paz no lar. Nãooo, não mesmo. Mais julgamentos, reclamações e problemas em cima de problemas. Nenhuma conversa gostosa, nenhum riso solto, nenhuma solução, só reclamações e discussões.
Então,você se questiona: Afinal, existe mesmo o tal casamento? Ou tudo sempre foi uma fachada utópica? Algum casamento resiste a um stress desse nível? Não falo de contratos de aparências, porque sei que este, sim, “resiste”, mas de casamento mesmo, daqueles de verdade!
Porque “casa-mentes” tem muito a ver com ligações de alma, um só propósito, um só pensamento e você? “Não tive essa sorte” – penso e continuo: “Que pena. Logo eu! Que sonhei tanto com o príncipe encantado com o cavalo branco e filhos perfeitos.” Você lembra que os filhos vieram, são perfeitos (sorri por ser mãe (pai) coruja assumida) mas o príncipe (princesa) não, nem o cavalo, nem o tal “casa…mento” (leia-se: mente). Talvez seja o príncipe ( a princesa) de outra pessoa… talvez. Talvez os caminhos passaram tão próximos que vocês se esbarraram e ficaram acostumados a ser… infelizes.
Como re-casar quem nunca se casou? Não tem como, infelizmente. Têm coisas que vão além do entendimento humano, simplesmente não era para ser, não dessa forma, uma amizade, talvez.
É comum ouvir relatos como esse no processo de coaching emocional, mais comum ainda focar no problema atual do relacionamento, sem ver todos os ganhos e evoluções geradas pelo mesmo.
Claro, ciclos terminam e tudo depende muito da decisão, dos dois, de continuar.
Penso que casamento é como um dueto afinado, as”notas” têm que combinar para a harmonia perfeita, e quando não há sensibilidades iguais, torna-se bem mais difícil, porém não impossível, nunca é.
Às vezes nem se espera muita coisa: um reconhecimento apenas das virtudes, isso é importante para alguns e, muitas vezes, o (a) parceiro (a) nem se dá conta.
Quando um dos parceiros chega até um processo de coaching, muitas vezes está a um passo de se despedir, sem entender direito, sem explicações plausíveis e com uma angústia que aperta o peito. Afinal, no sonho da maior parte das pessoas, ela (e) casara e era feliz para sempre.
Mas nem tudo é como gostaríamos, e quer dizer que deu errado? Não! Deu certo no tempo que durou, deu frutos mesmo nos espinhos.
Não é incomum sentir-se perdido (a), abatido (a) e cansado (a), de tentar fazer fluir o que parece não fluir mais.
Há coisas que são para ser, outras que não são para ser e outras que já foram. O que eu sei é que uma mulher intuitiva sabe muito bem quando algo deve morrer e quando algo deve nascer, e que há vida e morte seja em qual lado se esteja.
Sei também que sempre há esperança… é que, às vezes, um ciclo tem de morrer para que outro nasça.
Pode-se viver novos ciclos com o mesmo CPF mas não com a mesma pessoa. Vinho novo precisa de odre novo.
Em se tratando de relacionamentos, temos que escolher ser vinho novo de tempos em tempos. Evoluir de tempos em tempos. Adaptarmos de tempos em tempos para caber no mundo um do outro.
Há sempre uma saída, sempre há esperança!
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