Vida: a dança que não

Na vida precisamos desenvolver as mesmas habilidades da dança: ouvir a música e dançar conforme ela se apresente, dando o melhor de si. 

Na dança, é preciso essencialmente sentir a música. E quando eu digo sentir a música, é perceber, a cada momento, qual movimento ela pede.

Para isso, é preciso desenvolver a sensibilidade corporal e a percepção também do ambiente.

Na vida precisamos desenvolver as mesmas habilidades da dança: ouvir a música e dançar conforme ela se apresente, dando o melhor de si.

Acontece que, às vezes, estamos “desconectados” da música, da dança, e do momento presente. Dançamos fora do ritmo, preocupados demais em errar ou acertar o passo. Olhamos demais para os pés, ou demais para o alto; não se ouve a música, não se nota o parceiro de dança e muito menos a si mesmo. Esquecemos de olhar para frente!

A ansiedade toma conta e queremos adivinhar qual o próximo passo do parceiro, ou ainda, qual a próxima melodia da música e nesse “adiantamento” constante, perdemos o ritmo, justamente porque queremos evitar o desencontro.

Eu mesma já perdi as contas de quantas vezes me enganei, seja por me antecipar sobre as situações, seja por permanecer inerte diante delas.

Para aprender a dançar, é preciso tempo e paciência, sensibilidade e coragem, e quem nasce com a paciência e a coragem necessária para se deixar guiar pela música?

Quem, desde sempre, possui a sensibilidade necessária para saber o momento de agir e o momento de esperar? Ainda não conheço.

Seja para a dança ou para a vida, ambas requerem uma atitude de abrir-se para o novo.

Nunca estamos totalmente prontos, mas é preciso coragem e sensibilidade para dançar conforme a música! 


Direitos autorais da imagem de capa: Cody Black on Unsplash

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Fabii Rodrigues
Estudante de Psicologia, amante dos livros e de um bom rock, divide suas horas vagas entre a arte de escrever, os amigos e a família.Entre outras coisas, adora temas relacionados à mecânica quântica, filosofia e é autora do livro " Amaranth, o bem e o mal nunca desvanecem" pela Multifoco Editora. Acredita que, tal como uma obra de arte, nossa passagem no mundo deve deixar uma marca transformadora.

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