A vida, o tempo, a emoção que podemos oferecer a alguém em forma de agradecimento e carinho pelo que nos proporcionam é mais do que qualquer palavra poderia expressar.

O tempo da gente, esse tempo que mal sabemos direito e que nos concedeu a vida, merece ser agarrado com unhas e dentes.

Porque não sabemos do amanhã, mas sabemos do hoje, sabemos o que nos fere, sabemos quem nos ama, sabemos como podemos nos afastar de coisas que não nos trazem paz.

A vida é uma caixinha de surpresa, assim como o destino que Deus nos reserva.

Mas é preciso certa reserva com algumas coisas, é preciso um pouco mais de cuidado com aquilo que possuímos internamente.

Os nossos tesouros estão dentro da nossa alma, dentro do que reconhecemos e achamos bonito, dentro daquilo que partilha conosco felicidade e simplicidade, em uma tarde qualquer.

A vida é muito misteriosa e nós nos tornamos criteriosos em relação a ela.

Muitas vezes porque nos fizeram sofrer, porque nos fizeram chorar, despejar um tanto de coisas que acumulamos durante muito tempo.

Mas é preciso manter a visão aberta naquilo que realmente espelha um futuro melhor, um sonho melhor, uma condição mais bonita e corajosa de deixar acontecer, porque é preciso deixar acontecer, para que possamos nos transformar, sentir e também aprender. Aprender com tudo que já nos ofereceram, com o que oferecemos e pelo que não podemos ficar parados aguardando resposta.

Muita gente chega e vai. Muita gente promete e não cumpre. Muita coisa não é assim tão verdadeira.

A vida é aquele instante em que tudo vira. Desde a mesa, desde a saudade que chega impetuosa e não se controla, desde aquele café entre amigos e aquela conversa que não se deixou para amanhã.

Muita gente deixa para amanhã, e amanhã pode não acontecer.

Muitas vezes nos recolhemos feito caquinhos que se espalharam pelo chão da vida e muitas vezes voltamos mais desconfiados e menos abertos.

Mas existe um céu imenso lá fora. O céu que se compactua com o alto e com tudo aquilo que tentamos desvendar e não sabemos por quê.

Mas a vida é esse incerto assim como aquela promessa de que tudo correrá sempre bem.

Sem altos e baixos, a gente não balança, não cresce. Sem entendimento, a gente não se encontra.

A vida é o que sentimos neste exato minuto é o que emanamos e o que desejamos ao universo e a nós mesmos.

A vida tem de ser hoje, mesmo que lá adiante não consigamos descobrir o que vem pela frente.

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Direitos autorais da imagem de capa: rinder / 123RF Imagens

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Sil Guidorizzi
Sou Paulista, descendente de Italianos. Libriana. Escritora. Cantora. Debruço-me sobre as palavras. Elas causam um efeito devastador em mim. Trazem-me â tona. Fazem-me enxergar a vida por outro prisma. Meu primeiro Livro foi lançado em Fevereiro de 2016. Amor Essência e Seus Encontros pela Editora Penalux. O prefácio foi escrito pelo Poeta e Jornalista Fernando Coelho. A orelha escrita pelo Poeta e jornalista Ivan de Almeida. O básico do viver está no simples que habita em mim.

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