autoestima

A autoestima aqui anda em dia. Não sei se por ser ariana ou ter aprendido a me amar, entendo quando algo não é para mim. Às vezes, eu me pego pensando que gostaria muito de engarrafar certas atitudes minhas e sair distribuindo.

Noto pessoas sofrendo muito, por falta de atitudes alheias. Vejo algumas correndo atrás de “amores” que lhes deram migalhas. Outras pessoas se lamentam por “perdas” que, na verdade, as fizeram ganhar experiência e crescimento.

Precisamos separar até onde vai nossa briga de ego. Nosso orgulho em não saber perder. Ganhar é excelente! Mas perder faz parte, cada derrota é oportunidade de aprendizado para irmos além.

Alguns exemplos de como eu lido com as mais diversas situações, com autoestima:

– Fulana sempre marca de sairmos e sempre acontece algo

Coloco um ‘ponto e vírgula na situação’, se gosto muito dela, dizendo: “Quando você puder mesmo, avise-me uns dias antes e combinamos! ”.

Aí, depois disso, entrego para Deus e vou falando com ela normalmente, mas sem esperar a tão marcada e remarcada e adiada “saída”. Entendo que, no momento, sairmos não é prioridade para ela. E tudo bem por isso.


 – Aquela amiga que vê whats meus e não responde, mas quando precisa responde que é uma beleza

Isso tem nome: egoísmo com uma boa dose de interesse. Ponho fim nisso salvando o contato como ‘não responder quando enviar whats’ e caso ela cobre resposta, sou bem direta. Com respeito, claro: “Apesar de você ser bem ocupada, quando precisa, você me responde. Quando é o contrário, não. Então, ficamos por aqui. Sucesso aí em sua jornada! ”.

Até hoje, nenhuma que leu isso achou ruim. Pelo contrário: sumiu ou ainda teve a capacidade de enviar whats pedindo algo novamente. E ignorei.


 – Pessoa da família me magoou

Falo o quanto a pessoa me magoou. Fico na minha por um tempo. Dou a segunda chance, tento conviver bem. Se não der mesmo assim, deixo de lado afinal, tentar, eu tentei.


– Colega de trabalho que “o santo não bateu”

Tento mostrar à pessoa que estou ali para somar. Sem ser a “miss simpatia” – tentar ser a senhora simpatia com quem não foi de primeira com a nossa cara é um convite ao fracasso. A coisa só tende a piorar.

E vou levando meu trabalho com a seriedade de sempre. Caso, algum dia, a pessoa queira pensar diferente e me ver de forma diferente, poderá mudar de ideia em relação a mim.

E se tudo isso que eu faço não me levar aos resultados esperados, não era para ser e tudo bem por isso! Vou seguindo meu caminho.

Assim deve ser com aquele retorno de vaga de emprego que disseram “damos retorno positivo ou negativo a todos até dia tal”. Se não deram o retorno até o dia, você não foi a pessoa escolhida. Não era para ser seu e tudo bem por isso!

Do mesmo jeito, aquele boy que conheceu. Lancharam juntos e ele pediu seu número. Conversaram algumas vezes, mas ele sumiu, viu suas mensagens e não respondeu. Que ótimo que sumiu assim, no começo! Não era para ser seu e tudo bem por isso!

Se tentarmos insistir em ficar por perto quando a pessoa não quer, começamos a trilhar um caminho árduo: aquele onde a gente se rasteja para ter a atenção da pessoa. E quanto mais tentamos, pior fica. Mais o nosso respeito por nós mesmas, vai ralo abaixo.

Não me apego à “fulana tem que sair comigo, vou tentar de novo”, “ciclano não foi com a minha cara no trabalho, preciso reverter isso”, “beltrana não me responde no whats, vou choramingar com ela até responder”. Não mesmo! Cada pessoa faz o que acha que é o correto e o que está de acordo com as prioridades dela.

Se eu não estou incluída na agenda das pessoas, paciência. Daí eu não saber se esse tipo de comportamento se dá por ser ariana ou por ter sido criada com autoestima.

Lembro que uma vez, falei para minha mãe: “Eu não tenho melhor amiga, todas as meninas da escola tem”. Eu me sentia mal com isso, de verdade.

E a resposta maravilhosa foi: “Você não nasceu grudada a ninguém. Não precisa de melhor amiga. E sua melhor amiga sou eu”. Eu deveria ter anotado cada frase, durante a infância. Hoje teria um guia da vida social de-boas-sem-neura.

Quando sabemos quem somos, não permitimos que a atitude do outro seja o-fim-do-mundo-e-agora. Sabemos que se não deu certo, não era para ser nosso e, sim, tudo bem por isso. Autoestima se revela dessa forma em nossas vidas também. É saber lidar com atitudes alheias diferentes do que esperávamos e ficar imunes a isso.

Cresci ouvindo: “Quer falar com você, minha filha, faz um favor. Não quer não, faz dois”. Isso me dava tanta tranquilidade quando reclamava de alguma coleguinha da escola. E eu trouxe para minha vida adulta esse aprendizado.

Não se trata de me achar mais que os outros, pelo contrário, vejo-me como igual. Nem de pirraçar ou fingir indiferença.

É que aprendi a não permitir que minha emoção dependa da atitude das pessoas.  Acho que todo mundo deveria aprender essa frase nas escolas. Teríamos menos dependentes do “sim” do outro para ser feliz por aí.


 

 

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O Amor - Redação
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