A mãe não gostou da atitude da avó das crianças.

Uma das experiências mais dolorosas para pais que professam algum tipo de religião é saber que seus filhos não compartilham dos mesmos preceitos de suas fés. Essa dor se agrava quando seus filhos têm filhos e se recusam a batizá-los. Uma mãe comentou em um fórum, na internet, sobre a sua vontade ter sido desrespeitada.

Segundo a mulher, que não revelou sua identidade, ela relatou que cresceu em um lar muito religioso, onde a família inteira costumava ir à igreja entre duas a três vezes por semana. Desde pequena, a mulher teria sempre questionado os preceitos religiosos e quando a ela estava na 6ª série do Ensino Fundamental, ela percebeu que era agnóstica.

O agnóstico, segundo a revista Super Interessante, se dividem em dois grandes grupos: os ateístas, que acreditam não ser possível comprovar a existência de Deus, e também não acreditam em sua existência; como os teístas, que são aqueles que acreditam não ser possível comprovar a existência de Deus, mas apostam que ele sim existe.

A mulher revela, ainda em seu relato, que sua decisão pelo agnosticismo foi difícil no começo, porque mora em uma região onde a fé cristã é forte, e que frequentemente era desrespeitada por conhecidos e até familiares por sua opção.

Direitos autorais: Unsplash/ David Beale

Contudo, a mulher terminou casando-se com um ateu e com ele teve duas filhas, uma menina de 8 anos e outra de 9 anos. Desde que as meninas nasceram, a avó materna se mostrou inconformada em ver ambas meninas sem religião e tentou persuadir a própria filha para que ela reconsiderasse sua decisão de não batizar ambas meninas.

“Há alguns anos, dissemos a ela que não poderia mais levar as meninas à igreja. Achamos que elas estavam sendo doutrinadas e ambas estavam começando a negar a ciência. Ela discutiu conosco, mas percebeu que estávamos falando sério”, relatou a mãe no fórum.

Ela também comentou que avisaram a avó materna que caso ela contrariasse a decisão dos pais das meninas, ela seria proibida de vê-las novamente e de participar da vida das duas crianças. Ao parecer, a avó materna ignorou as advertências dadas pela filha e durante as noites em que as meninas dormiam na casa da matriarca, ela estaria fazendo “estudo bíblico” em um período de três semanas, que era o tempo em que as duas crianças ficavam em sua casa.

Direitos autorais: Unsplash/ Ekaterina Shakharova

A mulher veio a se separar do marido e atualmente está noiva de outro homem. Recentemente, ela disse que levou as meninas, como de costume, para passar o fim de semana na casa de sua mãe.

Quando buscaram as crianças, a mãe perguntou às meninas o que elas tinham feito no fim de semana com a avó.

“Minha filha de 8 anos então disse: ‘Eu fui batizada!’. Fiquei calma, porque não queria que ela pensasse que estava com problemas ou que tinha feito algo errado. Perguntei a ela de quem foi a ideia e ela não me disse”, comentou a mãe ainda em seu relato.

Ainda segundo a mulher, depois de muita pressão, as meninas revelaram que a avó materna disse que se caso elas morressem, ambas iriam para o inferno por não terem sido batizadas, o que teria provocado um pânico nas duas crianças, fazendo aceitar o rito religioso de maneira espontânea.

“Minha filha disse que minha mãe fez as perguntas e tudo mais antes do ‘batismo’ como: ‘Você aceita Jesus em seu coração?’”, relatou a mãe.

Direitos autorais: Unsplash/ Josue Michel

Diante da situação, a mulher resolveu comentar o incidente com seu ex-marido, pai de suas duas filhas para pedir aconselhamento. Ela disse a ele que estava chocada e surpresa com a falta de respeito que sua mãe teve, mesmo tendo sido advertida pela filha anteriormente.

Para ela, quando a avó materna batizou as filhas, sem o consentimento dos pais e às escondidas, ela praticou “abuso infantil” contra as crianças. Ela ainda julga que será difícil, daqui para frente, que suas filhas a respeitem, já que ela não professa nenhuma religião.

Finalmente a internauta pediu conselhos no fórum para saber como lidar com a situação e questionou se ela estaria exagerando em realmente proibir as visitas da avó materna.

A história dividiu os comentários entre aqueles que não se importassem com o suposto batizado das meninas, já que a mulher não era uma autoridade eclesiástica, e que com o tempo, as meninas poderiam ter mais acesso à escolha dos pais e decidirem sozinhas se queriam continuar sendo ou não cristãs.

Para outros, houve uma falta de confiança e abuso por parte da avó materna. Alguns até sugeriram que a mulher buscasse a polícia para denunciar a própria mãe por “abuso infantil” e que assim, ela obtivesse uma restrição contra a mulher para evitar suas visitas às netas.

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Jimena Bautista
Redatora dos sites O Segredo e O Amor. Escreve sobre reflexão, inspiração e boas notícias, incentivando a todos a se tornaram uma melhor versão de si mesmos.

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