Cantor Ritchie, que é inglês, está cansado de ser somente lembrado pelo seu hit “Menina Veneno”.

Nascido em Londres na Inglaterra Richard David Court, de nome artístico Ritchie, reclamou em suas redes sociais que está cansado de ser convidado apenas para tocar seu hit emblemático ‘Menina Veneno’ em 1983.

O single fazia parte de um LP, o “Voo de coração” e à época ultrapassaram as 500 mil cópias, algo que foi classificado como um marco na história do mercado fonográfico brasileiro, segundo o site Dicionário da MPB.

Ritchie afirmou querer ser contratado para levar um show completo e não para ser somente uma “’brincadeira de abertura’ da sua festa de flashback”, segundo informações do site O Globo.

O cantor e compositor é bem conhecido nas redes sociais por suas posições que são lidas como polêmicas sobre vários temas, passando obviamente pela música, queixando-se até de temáticas políticas.

Direitos autorais: Reprodução Twitter / @ritchieguy

Ritchie, que só se oficializou como brasileiro em julho deste ano (2022), devido a uma sanção de uma lei que expede carteira de registro nacional migratório a todos migrantes residentes do país, teve altos e baixos em sua carreira artística.

De acordo com informações do G1, o terceiro álbum do cantor, Circular (1985), teria sido lançado sem nenhum hit, o que prejudicou bastante sua carreira à época. Ritchie logo conseguiu dar a volta por cima e em 1986, logo após assinar contrato com a gravadora Polygram, emplacou a música Transas, sendo a mais tocada daquele ano no Brasil.

Carreira artística

Ritchie começou a cantar em um coral na Alemanha. Por seu pai ter sido militar, ele passou a infância e adolescência vivendo em vários países da Europa, como também no Quênia, África. Ingressou na Universidade de Oxford para fazer Literatura, mas abandonou os estudos aos vinte anos para tocar flauta em uma banda, Everyone Involved, onde gravou pela primeira vez um LP, junto com outras bandas da época, músicas protesto contra a construção de um viaduto em Picadilly Circus, West End atualmente, segundo informações da Wikipedia.

À época, ele teria conhecido vários músicos brasileiros e decidiu se aventurar em carreira internacional após o convite de um de seus amigos. Estando em São Paulo, ele formou sua primeira banda, a Scaladácida, que acabou causando interesse da gravadora Continental. A banda teve fim em 1973.

Foi para o Rio de Janeiro já casado com a arquiteta e estilista Leda Zucarelli, com quem continua casado até hoje e afirma ser sua “musa-mor” entre todos estes anos.

Parcerias famosas

Ritchie se fez valer do inglês, por ser seu idioma nativo, para cantar várias composições nas bandas pelas quais passou. Entre tantas bandas, ele já tocou com Lobão, Lulu Santos e participou de peças teatrais, com a atriz Marília Pêra.

Suas maiores influencias foram o synth-pop, classificado como sub-gênero de música new wave, segundo o livro em inglês Are We Not New Wave, sem tradução para o português, de 2011. Entre bandas conhecidas que compõem músicas nesse sub-gênero, estãoa alemã Kraftwerk, a inglesa The Human League, passando por Soft Cell, Depeche Mode e A Flock of Seagulls.

Ritchie teria tentado estabelecer esse sub-gênero no Brasil, mas possíveis desavenças e desentendimentos com os produtores da Warner, gravadora com quem tinha contrato, não viram potencial no gênero.

Logo depois veio seu eterno hit, “Menina Veneno”, presente no álbum Voo de Coração, lançado pela gravadora CBS. Foi uma das primeiras músicas com o estilo New Wave feitas no Brasil. O sucesso foi tão grande, que a música foi gravada também em espanhol, sendo interpretada pelo cantor Óscar Athié, recebendo o então título de “Amiga Veneno”.

Direitos autorais: Reprodução Instagram / @richardcourt

Anos mais tarde, a música também receberia uma nova versão, desta vez na voz da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, que foi lançada em 1995.

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Jimena Bautista
Redatora dos sites O Segredo e O Amor. Escreve sobre reflexão, inspiração e boas notícias, incentivando a todos a se tornaram uma melhor versão de si mesmos.

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