O menino estava visivelmente triste quando seu carrinho de picolé simplesmente estragou no meio da rua; o acidente traria muito prejuízo, já que os produtos derreteriam.
Qual a sua primeira reação ao ver alguém passando por algum apuro? Você para o que estiver fazendo para ajudar, segue reto porque não tem tempo ou fica de longe só olhando?
Muitas pessoas, por mais que não gostem de assumir, acabam se encaixando na última opção, deixando de ajudar para ficar observando o ocorrido, vendo o que mais de ruim pode acontecer.
Felizmente, existem algumas que se colocam no lugar do outro e não hesitam em sempre tentar ajudar, usando o que têm nas mãos para isso. Muitas vezes, não é preciso dinheiro nem dispor de muito tempo, basta apenas ouvir o que os indivíduos têm a dizer, tentar compreender suas angústias. Em Juiz de Fora, Minas Gerais, Gabriela Meira compartilhou em seu perfil do Facebook uma atitude de desconhecidos que acabou emocionando a todos.
Um menino estava passando na rua em que a mulher trabalha, empurrando um carrinho de picolés, quando o inesperado aconteceu: ele simplesmente quebrou e todos os seus picolés caíram no chão. O desespero foi grande, aquele era o ganha-pão da sua família.
Além de ter quebrado o único meio de transportar os produtos, eram grandes as chances de perder todos os picolés, já que derreteriam com o tempo ali parado. Na mesma hora em que tudo aconteceu, duas pessoas decidiram ajudar prontamente o garoto.
Direitos autorais: reprodução Facebook/Gabriela Meira.
Enquanto cumpria seu horário na loja onde trabalha, Gabriela viu tudo o que aconteceu e correu para ajudar Diogo a montar o carrinho de picolés, pois percebeu o desespero do menino. Assim que terminou de montar, Kaio Trindade resolveu comprar todo o estoque dele, para que não ficasse com o prejuízo, já que eles podiam derreter.
Na sua publicação, Gabriela escreve que “ainda existem pessoas boas” e identifica o garoto pelo nome de Diogo, contando um pouco do que havia acontecido naquela tarde. Mesmo com o carrinho quebrado, no meio da rua, e muitos carros passando naquele exato momento, ninguém quis parar para ajudar, era como se fossem apenas espectadores, como se não tivessem nenhuma obrigação.
De fato, ninguém tinha obrigação de ajudar o pequeno Diogo, mas não se trata de direitos e deveres, pois, neste caso, ele deveria ter o direito de ser assistido pelo governo, sem precisar vender picolés nas ruas como forma de complementar a renda familiar. Mas isso não acontece, e muitos de nós temos o dever moral de tentar minimizar o sofrimento de quem passa por isso, intervindo nos momentos em que isso é possível.
Direitos autorais: reprodução Facebook/Gabriela Meira.
Gabriela disse que ficou emocionada quando viu que Kaio comprou tudo que o menino tinha. Diogo ficou muito agradecido e quis dar um picolé à mulher, mas ela foi incapaz de aceitar, e disse que ele deveria levar para comer com os irmãos em casa. A atitude desses dois mudou a vida de uma criança, que conheceu o que é o amor ao próximo!