Com muita sinceridade, esta mulher se abriu sobre como enxerga a missão da maternidade. Entenda!
O relacionamento entre mães e filhos é, de maneira geral, bastante romantizado em nossa sociedade. Desde o momento em que se descobrem grávidas, muitas mulheres são cobradas a sentir alegria e realização com essa nova fase da vida, mas nem sempre esse é o sentimento que predomina em seu interior.
Karla Tenório, atriz e escritora brasileira, de 38 anos, é uma das mulheres com sentimento diferente em relação à maternidade. Em entrevista à Universa, ela se abriu sobre essa parte bastante importante de sua vida.
A escritora disse que não tinha o desejo de ser mãe quando se casou, mas acabou cedendo a isso para satisfazer uma vontade que não era sua. Quando sua filha nasceu, ela se surpreendeu, pois percebeu que toda a sua preparação para a maternidade não correspondia com a realidade que estava vivendo.
Karla relatou que “detesta” ser mãe desde que “a cabeça da filha saiu” no parto, e que desejava voltar atrás, mas não era possível.
Também experimentou a psicose pós-parto, que explicou ser mais grave do que a depressão pós-parto, já que tinha compulsão por ser uma mãe perfeita, o que a tornou uma “cuidadora excessiva”.
Direitos autorais: reprodução Instagram/@maearrependida.
Por muitas vezes, a escritora deixou de viver pela culpa de deixar a filha, e isso causou um grande impacto em sua vida.
Durante 10 anos, Karla, que revela que o seu sentimento tem muito a ver com um relacionamento abusivo com o ex-companheiro, disse que escondeu a maneira como se sente sobre a maternidade e sobre ser uma “mãe arrependida” como se intitula, e porque sentia que era a única que passava por isso.
Em 2017, ela se juntou a um grupo de mulheres e passou a se abrir e discutir sobre o arrependimento materno. Ao perceber que mais mães eram como ela, Karla criou um espetáculo on-line chamado “Mãe Arrependida”, para dar voz e acolher àquelas que enfrentam essa dificuldade.
Com o “Mãe Arrependida”, Karla também deseja alertar as mulheres que ainda não tiveram filhos sobre a realidade da maternidade, buscando combater a romantização e oferecer uma visão mais verdadeira dessa parte tão importante da vida.
Ela revela receber bastante críticas por seu projeto, especialmente de homens, mas disse que está se curando pela culpa desse arrependimento.
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Karla opina que “o amor incondicional não existe”, apesar de amar sua filha e defini-la como “uma pessoa incrível”, “obediente”, “gente fina” e de valores.
O que você pensa sobre este assunto? Já se sentiu como Karla?
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