O retrato da situação comovente provocou as emoções dos internautas.

A infância é um período não somente mágico, mas essencial para o desenvolvimento de um indivíduo. Por mais que a tendência na vida seja que com o passar dos anos os desafios se tornem maiores e mais trabalhosos, com rotinas muitas vezes excruciantes, é preciso que no início da jornada de uma pessoa ela seja protegida dos maus que a espreitam.

Essa fase deve ser guardada para que a criança se preocupe apenas com suas brincadeiras e educação, e é papel de todos garantir isto, não somente para os seus filhos e crianças do seu convívio, mas todas que cruzarem o seu caminho.

Sabemos que é difícil, talvez impossível, cuidar de todos os pequenos, mas com pequenas atitudes acolhedoras desses indivíduos que começam sua caminhada pela vida podemos reduzir sua exposição aos maus que possam atingi-los e assegurar-lhes mais tempo brincando no reino encantado da infância.

Mas nem sempre é possível proporcionar às nossas crianças tudo de que elas precisam, às vezes, nem mesmo o que queremos que elas tenham. Muitas têm um lar amoroso, porém sem muitas condições estruturais e financeiras para tocar a vida.

São situações como essas que servem como pontapé inicial para a criação de ONGs de proteção dos menores de idade, por exemplo, iniciativas privadas que tentam diminuir o abismo social em que vivemos. Às vezes, o resultado é positivo, outras nem tanto.

E com as redes sociais não é difícil cruzarmos com histórias de crianças em situações difíceis, momentos em que a redoma de proteção é retirada delas. Mas é impressionante como mesmo assim algumas conseguem permanecer em seu mundo lúdico.

Uma imagem compartilhada nas redes sociais é uma boa representação do que discutimos acima. Um garoto com roupas gastas foi visto assistindo a desenho animado encostado na porta de uma loja, do lado de fora, em Las Choapas, uma cidade do México. O retrato da criança vendo desenhos mesmo em meio a poucos recursos foi compartilhado por Angel Fonseca em sua página do Facebook, e atingiu várias pessoas. Muitas delas comentaram sobre a simplicidade comovente do garotinho.

Na publicação, podemos ver um menino usando roupas gastas encostado na abertura de uma loja, possivelmente de conveniência. O pequeno olha para dentro do estabelecimento, onde podemos ver uma televisão ligada e cores vibrantes passando pela tela. A transmissão é de um desenho animado.

O menino pode ter parado lá, mesmo que no meio da calçada, para acompanhar o programa, porque essa podia ser a melhor maneira de ele ter acesso de fazê-lo. Nos comentários da postagem, vários usuários da rede social deixaram seu parecer sobre a situação descrita na imagem.

Um internauta confessou que ele já esteve no lugar desse menino, pois ia a locais públicos para assistir aos seus programas favoritos ou os espiava através das janelas, pois a família era humilde e não tinha como comprar uma televisão. Seu relato dizia ainda que, graças à provisão divina, ele e a família deram a volta por cima.

Algumas pessoas marcaram outros perfis na postagem, possivelmente amigos, parentes, pessoas com quem passaram juntos o período da infância, para comentar que a situação, embora publicada nas modernas redes sociais, muito se assemelhava a algo que elas também viveram. São vários comentários evocando situações do passado, relembradas pela imagem.

Outros reagiram à publicação de outra forma. Houve quem quisesse saber o porquê de tanto alvoroço, que não entendia por que a postagem tinha tantos compartilhamentos, pois na sua época também não conseguia ver desenhos animados, já que começou a trabalhar desde muito jovem.

Houve ainda quem falasse da importância de sempre valorizar o que se tem, por menos que seja. Apesar de ser um pensamento bem disseminado na sessão de comentários, alguns foram contrários a ele, dizendo que não acreditavam que a escassa situação deveria ser um lembrete de qualquer coisa, a não ser do quão pouco algumas pessoas têm para sobreviver.

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Giovana Souto
Jornalista, podcaster e redatora no site O Segredo. Busca usar as palavras para, acima de tudo, provocar sensações genuínas em quem as recebe. Tudo o que afeta, tem afeto, para o bem ou para o mal!

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