O jornalista acaba sendo considerado um “quase humorista” de maneira involuntária, e a equipe toda se diverte com seu jeito descontraído e transparente.
Nascido em Juiz de Fora, em 1941, Fernando Paulo Nagle Gabeira é jornalista, escritor e ex-político brasileiro, sendo membro-fundador do Partido Verde (PV). Ele se tornou conhecido principalmente durante a ditadura militar, quando passou a integrar o Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8), atuando principalmente como repórter do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.
Desde setembro de 2013, Fernando Gabeira atua como comentarista na GloboNews, ficando também à frente do programa de reportagens e entrevistas que leva o seu próprio nome. Após uma forte atuação na política e uma conhecida carreira literária que percorrem gerações, ele se tornou uma icônica figura na emissora onde trabalha, principalmente depois dos debates presidenciais deste ano.
Considerado um veterano no jornalismo, ele frequentemente é convidado em outros programas para comentar sobre diversos temas, mas nem sempre se comporta da forma como todos esperam, o que acaba provocando risos na equipe jornalística e nos telespectadores, que sempre publicam sobre suas aparições. Logo depois do debate para o primeiro turno na Globo, Fernando Gabeira foi comentar a participação do candidato do PTB, Padre Kelmon, ele acabou se esquecendo do nome do presidenciável, e arriscou qualquer coisa similar.
“O padre… Padre Kelson… Kelmon… O Padre Ketchup”, disse na ocasião, fazendo com que os colegas no estúdio caíssem na gargalhada. A maneira inusitada tinha um cunho de crítica, principalmente porque o candidato se dizia sacerdote, mas vários jornais de grande porte investigaram a situação, reforçando que ele não pertencia a nenhuma congregação do país. De maneira inusitada, a “piada” de Gabeira também reforçou a complexidade do cenário, que apontava o presidenciável como uma figura que mais parecia atuar como cabo eleitoral do atual chefe de Estado, também candidato à presidência pelo PL.
Mas essa não foi a única vez em que Fernando Gabeira causou risos na equipe, em outra ocasião, quando a jornalista Aline Midlej, âncora do “Jornal da 10”, o chamou para tecer um comentário sobre a notícia apresentada, ele simplesmente apareceu na webcam tirando um pequeno cochilo. A apresentadora por pouco não caiu na gargalhada, e assim que acordou, fez sua análise como se nada tivesse acontecido. Nada melhor que uma soneca, não é mesmo?
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Por incrível que pareça, essa também não foi a primeira vez que ele dormiu ao vivo. Durante o telejornal de César Tralli, ele acabou sendo acordado pelo âncora, e, assustado, perguntou se estavam falando com ele: “É comigo?”, disse na ocasião. Essa maneira de conduzir os pequenos cochilos que tira no meio dos programas é sempre motivo de riso na equipe e nas redes sociais.
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Em outra ocasião, durante uma videochamada para participar de maneira remota do programa, seu gato acabou pulando na mesa. Por mais que tenha tentado afastar o animal com a mão, sem que isso interrompesse seu discurso, o bichano preferiu continuar por ali, observando todas as contribuições de seu tutor, recebendo também atenção dos espectadores.
Direitos autorais: reprodução/ GloboNews
Fernando Gabeira também é muito conhecido por sua forma sincera em lidar com as notícias, além de uma clara visão sobre o panorama político do país. Sem nenhum receio em criar qualquer tipo de situação com os colegas de emissora, ele não se importa em falar aquilo que pensa, mesmo que cause certo constrangimento. No dia 11, por exemplo, ele fez questão de dizer que alguns profissionais da GloboNews estavam sendo claramente manipulados por suas fontes na campanha eleitoral entre Bolsonaro e Lula.
Alguns dias antes, ele também deixou de comentar uma reportagem ao explicar que não tinha dados suficientes para falar a respeito de uma manchete. Essa forma mais profunda de lidar com temas sensíveis acaba sendo uma das principais características do jornalista, que se destacou na ditadura militar por seu envolvimento com a guerrilha.