A jovem mãe conheceu Alice e James, que informaram que eram incapazes de engravidar, foi quando decidiu ajudá-los, mas as coisas acabaram não saindo conforme planejadas.

Muitas famílias têm o sonho de ter filhos, criar pequenos seres, passando todos os conhecimentos e entendimentos da vida. Alguém que vai carregar seu DNA, que vai reproduzir o que aprendeu com você, que pode enchê-lo de orgulho e amor ao longo da vida.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% da população mundial enfrenta problemas de fertilidade, o que significa que um em cada cinco casais vai encontrar problemas para engravidar naturalmente.

Quando os casais descobrem o problema de fertilidade, podem recorrer a outras formas de paternidade e maternidade, como a adoção, a fertilização in vitro (FIV) e até contratar uma barriga de aluguel. As possibilidades são grandes, e todas garantem uma pequena e linda criança, mostrando que existem alternativas bem viáveis (e algumas nem sequer custam dinheiro) para ter um filho.

Cathleen MacKenzie, de 30 anos, engravidou pela primeira vez aos 17 anos, do namorado Josh, em janeiro de 2008, desde então, ela já deu à luz nove vezes, isso porque trabalha para uma agência de mães substitutas, no Canadá, onde mora com seus quatro filhos: Alexandra, de 13 anos; Gabriel, de 11; Evan, 9; e Willow, 6.

Na primeira gestação, teve um choque, mas ela e Josh sempre sentiram que queriam assumir a criança, e lhe deram o nome de Alexandra. Cerca de dois anos depois, Cathleen deu à luz Gabriel, e alguns meses depois ela e o namorado decidiram se casar, algo que passou a sensação de que a família estava finalmente completa.

Direitos autorais: reprodução/arquivo pessoal.

Cathleen contou ao marido que desejava muito, segundo reportagem do The Sun, tornar-se uma mãe substituta, ou seja, fazer barriga de aluguel. Josh não compreendeu aquele desejo da esposa, mas gradualmente acabou concordando e aceitando sua escolha.

No Canadá, é permitido a quem faz barriga de aluguel ter todas as suas despesas com a criança reembolsadas, mas não garante um pagamento a mais. A mãe explica que seu maior sonho era apenas ajudar os outros e, em maio de 2010, conheceu Alice e James em um fórum de mães substitutas.

O casal britânico, que deveria ter por volta de 30 anos, revelou que não conseguia engravidar, e entrou em contato com Cathleen várias vezes naquele mês. A mulher pediu que ela fosse sua barriga de aluguel, e a mãe imediatamente aceitou, mas havia um problema em tudo isso, que acabou atrapalhando tudo.

Direitos autorais: reprodução/arquivo pessoal.

Cathleen, naquela ocasião, ainda não havia completado 21 anos, isso significa que, no Canadá, ainda era considerada menor de idade e não tinha permissão legal para se tornar barriga de aluguel gestacional (carregando o embrião do casal), então eles decidiram que ela poderia ser uma mãe de aluguel tradicional (usando seu óvulo e o espermatozoide de James).

Assim que os três concordaram com o processo, Alice e James enviaram um contrato para a jovem mãe assinar, definindo um pagamento mensal de cerca de R$ 930, um valor que deveria ser suficiente para cobrir os custos de alimentação e roupas que Cathleen precisaria comprar. O homem também foi testado para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), já que usaria seu material para engravidá-la.

Depois de um mês que eles haviam se conhecido, o casal foi ao seu encontro, para fazer a inseminação. Cathleen conta que eles se abraçaram muito forte naquele momento em que tudo mudaria em suas vidas.

James acabou produzindo o material no banheiro, e ela fez a inseminação em si mesma, com a ajuda de uma seringa de plástico. Cerca de uma semana depois veio o resultado: ela estava grávida.

Direitos autorais: reprodução/arquivo pessoal.

Com oito semanas de gestação, durante um exame de rotina, Cathleen entrou em choque quando descobriu que estava esperando gêmeos. Os médicos lhe informaram que ela poderia fazer uma redução seletiva, mas assim que contou ao casal, descobriu que os britânicos estavam muito interessados nos dois bebês. Porém ela logo percebeu que havia algo errado, pois não havia recebido o dinheiro acordado legalmente, mesmo já tendo completado 12 semanas de gestação.

Assim que se completaram 20 semanas, Alice interrompeu o contato. Algum tempo depois, James enviou uma mensagem dizendo que eles haviam se separado, mas informou que ainda queriam os gêmeos. Aquela informação deixou Cathleen em completo desespero, tudo indicava que o acordo deles estava indo de mal a pior, o que a deixava ansiosa, com dificuldades para dormir.

Na vigésima sétima semana de gravidez, James informou que eles já não estavam mais interessados nos bebês. Cathleen ficou perplexa e seu marido Josh, furioso com aquela falta de compromisso do casal.

Ela e o marido imediatamente pensaram em ficar com os gêmeos, mas perceberam que a situação que se encontravam era complexa, já que moravam em um pequeno apartamento de dois quartos, com dois filhos pequenos.

Foi quando um amigo disse que conhecia um casal que estava louco para adotar. Cathleen não podia se iludir novamente, então decidiu ser cautelosa com Sophie e Vincent mas, com o tempo, eles ganharam sua confiança e passaram pelo processo legal, com o governo providenciando toda a papelada de que precisavam.

Direitos autorais: reprodução Facebook/Cathleen MacKenzie.

Cathleen entrou em trabalho de parto prematuro, com 33 semanas, e Sophie ficou o tempo todo ao seu lado. O casal deu aos gêmeos os nomes de Caire e David, e aquela mãe, que fazia barriga de aluguel, nunca havia sentido que as crianças lhe pertenciam. Ela explica que, quando seus filhos nasceram, a sensação que teve foi completamente diferente, como se precisassem ficar unidos.

Desde então, Cathleen foi mãe de aluguel gestacional e tradicional mais quatro vezes, além de ter mais dois filhos. Assim que Evan, o terceiro filho com Josh, nasceu, eles se separaram. Depois disso, ela conheceu Scott, com quem teve a caçula, Willow, mas o relacionamento também não foi adiante. Atualmente ela está em um relacionamento com Daniel, que conhece desde a época de escola.

Cathleen diz que ficaria emocionada se um dia algum de seus filhos substitutos fosse ao seu encontro, mas procura não pensar muito no assunto. Ela sabe que todas as crianças moram com famílias que as amam, e isso basta.

O que você achou do texto?

Muito legal
0
Gostei
0
Amei
0
Não sei
0
Bobagem
0
Agatha Rodriguez
Jornalista e redatora no site O Segredo. Procura escrever sobre temas impactantes e presentes no cotidiano de todos, incentivando as pessoas a se tornarem melhores a cada dia.

    Os comentários estão fechados.