Segundo informações da Revista Crescer, uma família de Barra Velha, Santa Catarina, vivenciou uma situação extremamente engraçada na noite passada, dia 17.
Pouco antes de irem dormir, a manicure Waiane Suzhle, de 28 anos, presenciou um pequeno desentendimento entre seus filhos, Yuri, de 12 anos, e Nikolas, de 6 anos. Ao se aproximar para averiguar a situação, ela notou uma discussão incomum para crianças tão pequenas: eles estavam negociando uma “rescisão” de contrato de trabalho.
Na residência da família, todos colaboram com as tarefas domésticas: Nikolas é encarregado de recolher os brinquedos espalhados pelo chão, enquanto Yuri tem a missão de arrumar a cama, organizar a pia e pegar as roupas do varal.
Em uma publicação na rede social, Waiane compartilhou que seu filho mais velho tentou encontrar uma maneira de escapar de suas responsabilidades. Ele sugeriu que o caçula assumisse todas as tarefas e, em troca, receberia R$5 como pagamento. Para evitar qualquer questionamento futuro, eles pegaram uma folha de papel e elaboraram um “contrato”.
De acordo com a Revista Crescer, apesar de saber escrever seu próprio nome, Nikolas ainda está em processo de alfabetização e tem dificuldades para compreender alguns tipos de texto. No entanto, seu irmão mais velho garantiu que isso não seria um problema. Antes de pedir que o caçula assinasse, ele leu em voz alta todos os termos do acordo. Os dois concordaram e seguiram adiante com o combinado.
No final do dia, quando o mais novo deveria “prestar contas” do que havia feito, Yuri percebeu que o irmão não havia enchido as garrafas de água. A explicação era simples: o caçula ainda era muito pequeno para alcançar o filtro. Yuri não quis ouvir as desculpas, alegou “quebra de contrato” e pediu o dinheiro de volta. Foi então que ele teve a ideia de criar um novo documento para formalizar a “demissão” do irmão.
O post compartilhado por Waiane fez sucesso nas redes sociais – Direitos autorais: Reprodução/ Facebook
Ao presenciar a situação, Waiane interveio e Yuri se sentiu injustiçado. “O maior reclamou que eu não podia discutir, porque ele estava fazendo o certo. Ele falou: ‘Eu fiz um contrato e agi pela lei, mãe. Você está criando um piá que não vai entender o que é o que certo e o que é errado. Quando ele crescer e trabalhar, não vai fazer as coisas e ainda vai querer receber’’, lembra ela.
Segundo a Revista Crescer, essa não é a primeira vez que os meninos fazem um acordo desse tipo. Waiane relata que, em outra ocasião, eles assinaram um contrato ainda mais complexo: um acordo de transferência de bens.
Yuri e Nikolas são irmãos e fizeram um acordo para dividir as tarefas domésticas – Direitos autorais: Arquivo Pessoal
Enquanto brincavam de “lutinha”, o mais velho se machucou e sentiu que tinha o direito de exigir uma compensação. Ele disse que só perdoaria a situação se o irmão “transferisse certos brinquedos para o seu nome”. No final, Nikolas assinou o contrato e o mais velho ficou com alguns carrinhos, um skate e uma arma de brinquedo como forma de perdão.
Segundo a entrevista concedida à Revista Crescer, essa situação proporcionou uma oportunidade para Waiane explicar aos filhos como funcionam os acordos e as relações de trabalho. “Orientei o Yuri que isso é abusivo e que não é assim que se faz. Também ensinei ao Nikolas a valorizar o seu trabalho, porque ele também tem direitos. Elogiei porque, de certa forma, eles estavam trabalhando dentro da lei. A lei deles, mas não deixa de ser uma lei”, brinca ela.