Infelizmente, é comum as pessoas se acostumarem a realidades de vida que não as fazem felizes, porque foram levadas a acreditar que nem sempre podemos escolher nosso caminho, que a verdadeira felicidade, por vezes, não é positiva no começo ou que podemos ser felizes ao nos acostumarmos a certas coisas que não queremos para nossas vidas, mas que estão fora de nosso controle.

Dessa maneira, pouco a pouco perdem o brilho em seus olhos e acabam por se tornarem pessoas conformadas ao invés de motivadas.

Isso não é felicidade, felicidade é sinônimo de liberdade. Liberdade de fazer as próprias escolhas e criar o próprio caminho.

Muitos de nós se adaptam as próprias rotinas mesmo tendo consciência de que elas não os trazem completude, alegria e inspiração para melhorarem a cada dia, elementos fundamentais na vida de uma pessoa realmente feliz. Suas vidas, então, se tornam um ciclo interminável de ansiedade e insatisfação, pois vivem todos os dias da mesma forma, e esperam por um milagre que magicamente transforme suas realidades para sempre. No entanto, cada vez se sentem mais distantes da realização de seus propósitos, e se tornam prisioneiras de sua rotina tóxica.

Muitas vezes, escolhemos nos adaptar porque isso nos traz um senso maior de segurança

Algumas atitudes de nossos pais enquanto somos crianças ou adolescentes fazem-nos sentir seguros. Dar dois laços no cadarço, vestir mais casacos do que realmente necessário, obrigar-nos a levar guarda-chuva e conferir a todo momento como estamos por mensagens ou ligações são algumas delas. Esses comportamentos podem nos deixar desconfortáveis e muitas vezes até exaustos, mas também nos transmitem um forte sentimento de segurança.

A necessidade de segurança se mantém conforme envelhecemos e adquirimos responsabilidades e deveres, e quando esse sentimento não é fornecido naturalmente, pode nos levar a uma busca impulsiva e prejudicial. A parte de nosso corpo que mais é afetada por essa necessidade é o cérebro. Ele não é o maior incentivador de coisas que nos tirem da normalidade, como mudanças e riscos. Portanto, muitas vezes nos incentiva a nos adaptarmos ao invés de transformarmos nossa realidade. Porém, a adaptação nem sempre equivale à realidade, isso porque, muitas vezes, fingimos para nós mesmos que estamos acostumados a algo ou alguém, porque acreditamos que nossas realidades atuais nos transmitem segurança e uma maior possibilidade de sobrevivência.

Mas, qual é o preço que a adaptabilidade forçada cobra de nós? Vale a pena viver uma vida que não nos dê motivos para agradecermos a oportunidade de estar nesse mundo?


As decisões são aliadas da felicidade

Nosso cérebros, apesar de nos encorajar a permanecer em nossas zonas de conforto, geneticamente estão preparados para enfrentar desafios e sobreviver.

O “Efeito Flynn”, criado pelos pesquisadores Richard Herrnstein e Charles Murray refere-se ao quociente de inteligência humano, conhecido como QI. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que o QI geral das pessoas aumenta a cada ano. Isso porque, entre outras razões, nossas vidas na era tecnológica estão mais complexas, cheias de estímulos, com maior acesso à informação, até mesmo por parte das crianças, que estão cada vez mais rápidas no processamento de novos conhecimentos.

No entanto, profissionais como psicólogos, psiquiatras, sociólogos e antropólogos entendem que a verdadeira felicidade não está relacionada a um QI elevado.

Estamos vivendo um paradoxo. Ao mesmo tempo em que nos adaptamos à sociedade que permite formas e canais diferentes para obter informação, tornamo-nos cada vez mais inativos, estagnados, presos em nossas zonas de conforto, e muitas vezes vivemos nossas vidas como meros espectadores, ostentando uma felicidade fingida, que apenas nos conduz ao estresse, ansiedade e depressão.

Não se acostume a essa realidade! Mantenha em mente que a felicidade caminha junto a atitude, a tomada de decisões e a independência de criar a vida que mais o faça feliz!

Você não tem que permanecer em relacionamentos tóxicos e em trabalhos desmotivados. Desafie-se a criar seu próprio caminho, sua própria história!
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Direitos autorais da imagem de capa: lviktoria25 / 123RF Banco de Imagens

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Luiza Fletcher
Redatora do site O Amor, onde sua missão é promover a reflexão e ajudar a aproximar as pessoas do amor verdadeiro, em todas as suas formas. Também escreve para o site O Segredo, um dos maiores portais do Brasil sobre desenvolvimento pessoal. Sua missão é buscar assuntos que nos inspirem a ser uma versão melhor de nós mesmos.

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