Por A professora deu um grande exemplo de que é possível combater o consumismo com escolhas simples!
Para algumas pessoas, as roupas são praticamente “descartáveis”. Ainda que saibam que os preços andam salgados, elas simplesmente não conseguem usar as mesmas peças mais de uma vez dentro de uma mesma semana ou até mesmo mês, e são deixadas levar pelo consumismo e desejo de impressionar aqueles ao seu redor.
No entanto, ao fazerem isso, não estão se dando conta do desperdício de dinheiro e recursos que estão exercendo em suas próprias vidas. Julia Moore, uma professora de Arte em Nova Jersey, EUA, notou que esse é um padrão muito comum, e que fere o nosso meio ambiente de forma espantosa. Por esse motivo, resolveu se tornar um exemplo vivo de que podemos ser felizes repetindo o mesmo par de roupas.
Para provar o seu ponto, Julia foi realmente incisiva. Em agosto de 2018, a professora foi até o seu perfil no Instagram para falar sobre o desafio que criou para si mesma de usar o mesmo vestido por nada mais nada menos do que 100 dias!
Já prevendo que receberia diversos questionamentos e também críticas, ela já deixou claro que estava tomando essa atitude por um bem maior: “Desagradável? Bem, basta lavar! Sem graça? Claro, adoro me expressar com o que uso tanto quanto qualquer mulher americana”.
A professora assumiu o compromisso publicamente e acrescentou que caso a peça sofresse rasgos por conta do uso, ela costuraria, assim como as pessoas faziam no trabalho. Julia também acrescentou que estava considerando vestir avental por cima da peça enquanto estivesse no trabalho, para evitar manchas de tinta.
A motivação de Julia
A professora olhou atentamente para uma questão que muitos de nós sequer percebemos em nossa rotina: a angústia em procurar o que vestir todos os dias. A necessidade de encontrar a roupa perfeita e a facilidade com que descartamos alguma peça apenas porque não entende mais às tendências de moda.
Conforme o tempo foi passando, Julia percebeu que essa angústia inicial estava cada vez menor, e que a sua rotina de arrumar os dois filhos pequenos também estava se tornando mais prática. Além disso, ela ressaltou a economia de espaço porque não estava adquirindo mais muitos itens novos.
No entanto, ela ainda foi além, e pensou na questão social que envolve o grande consumo de roupas. Segundo ela, há uma demanda muito grande de diversas roupas por preços baixos. Dessa maneira, as empresas precisam levar suas produções para outros países, onde muitas vezes os trabalhadores não são protegidos por boas leis trabalhistas.
Não é de hoje que sabemos que há países com leis mal estabelecidas sobre trabalho, onde existe o trabalho forçado e trabalho infantil na indústria da moda. Esses funcionários muitas das vezes recebem salários desproporcionais, trabalhando muito e mesmo assim incapazes de manter uma qualidade de vida para si mesmos e sua família.
A indústria da moda pode ser muito cruel, colocando o dinheiro acima das pessoas. Além disso, também há o fator ambiental a ser considerado, todo o consumo de bens naturais para produzir itens que serão descartados por nós com grande facilidade.
Através de seu desafio pessoal, Julia fez as pessoas refletirem sobre essa realidade, e se realmente é saudável sair comprando tudo o que aparece pela frente sem antes pensar no ciculo dos produtos e o mal que podem causar para o mundo de uma maneira geral.
Mostrando através do exemplo que não precisamos de muitas roupas para vivermos bem, ela pediu para que a sociedade pare de definir as pessoas por suas roupas e comece a olhar para as suas personalidades.
O objetivo da professora não é fazer com que as pessoas usem a mesma roupa com tanta frequência, mas mostrá-las que podem gastar seu tempo e dinheiro com outras coisas. Ela mesma aprendeu com seu próprio exemplo e reduziu significativamente o seu guarda-roupas.
Direitos autorais: Reprodução/ Instagram
Confira abaixo outra mulher que também fez o exercício!
Dia 1
2 de janeiro de 2019
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