A história de Amanda Joy e seu sofá encontrado na rua em Nova York viralizou nas redes sociais nesta semana. O móvel, um exemplar do sofá Bubble 2 da designer Sacha Lakic, tem valor estimado em US$ 8 mil (cerca de R$40 mil) e foi deixado jogado na frente de um prédio “muito rico” no bairro nobre onde a jovem mora.

Apesar das manchas e sujeira acumulada pelo tempo que ficou exposto à chuva antes dela encontrá-lo, Amanda decidiu resgatar o objeto para sua casa. Em vídeo publicado nas redes sociais ela comenta sobre como as pessoas ricas costumam descartar seus móveis antigos quando compram novos a cada dois anos.

O caso chamou atenção por mostrar uma realidade bastante presente nos Estados Unidos: o desperdício gerado pela cultura do consumo desenfreado. A ideia é sempre ter algo novo ou mais moderno mesmo que não haja necessidade disso – afinal se pode pagar por isso -, enquanto objetos ainda úteis são simplesmente abandonados sem pensar duas vezes.

Esse comportamento gera impactos ambientais significativos além dos financeiros já mencionados anteriormente; estima-se que cerca de dez toneladas métricas diariamente vão parar nos lixões americanos apenas entre os meses junho até agosto segundo dados divulgados pelo Departamento Ambiental da cidade nova-iorquina.

Mas esse problema também está longe ser exclusividade americana – aqui no Brasil ele se manifesta igualmente forte especialmente dentro das grandes cidades onde há maior poder econômico concentrando-se numa parcela menor da população brasileira.

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2019 foram gerados cerca de 79 milhões toneladas métricas resíduos sólidos urbanos no país. Desse total, apenas pouco mais da metade foi destinada corretamente para aterros sanitários ou usinas incineradoras.

O restante acabou sendo descartado irregularmente nas ruas, rios e terrenos baldios – causando impacto direto na saúde pública além dos danosos ao meio ambiente.

A solução passa por uma mudança cultural que valorize o consumo consciente aliado à práticas sustentáveis como reciclagem e reutilização do material já existente – seja ele um sofá jogado na rua ou qualquer outro objeto.

Iniciativas nesse sentido têm surgido cada vez com maior frequência tanto aqui quanto lá fora: projetos sociais que promovem trocas entre pessoas interessadas em renovar suas casas sem gastar muito dinheiro; empresas especializadas em reforma/revitalização móveis antigos; aplicativos onde é possível comprar/vender objetos usados etc.

Além disso também há movimentos incentivando as marcas a adotarem medidas mais responsáveis ambientalmente falando desde os processamentos até embalagens utilizadas nos produtos comercializados.

Enfim são diversas possibilidades disponíveis hoje para quem deseja fazer sua parte contribuindo assim não somente com seu bolso mas principalmente ajudando preservação nosso planeta Terra.

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Jader Menezes
Empreendedor, consultor de negócios, fundador do site O Segredo. Minha jornada é compartilhar conteúdos relevantes e que tragam grandes impactos positivos na vida das pessoas.

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