A Associação Internacional de Boxe (IBA) está tomando medidas legais em resposta à recente decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, que proibiu a participação de atletas transgêneros em competições femininas.

A IBA planeja apresentar uma queixa formal ao Procurador-Geral da Suíça, Stefan Blätter, acusando o Comitê Olímpico Internacional (COI) de permitir que as boxeadoras transgêneros Imane Khelif da Argélia e Lin Yu-ting da Tailândia competissem nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Desqualificação e Medalhas Olímpicas

Apesar de terem sido desqualificadas pela IBA de seus torneios por não passarem nos testes de elegibilidade de gênero, Khelif e Yu-ting foram autorizadas pelo COI a competir em Paris, onde ambas ganharam medalhas de ouro em suas respectivas categorias.

O COI defendeu sua decisão destacando que as atletas “nasceram mulheres, tinham passaporte de mulheres e sempre competiram como mulheres”. Além disso, criticou os testes da IBA como “tão defeituosos” que não poderiam ser aceitos.

Ação Executiva e Repercussões Legais

A ordem executiva de Trump reforçou a posição da IBA, que afirmou estar protegendo as boxeadoras de uma competição desleal. “Prova que a IBA agiu de forma firme”, declarou a associação.

A IBA vai apresentar uma queixa formal ao Procurador-Geral da Suíça, Stefan Blätter, em relação às ações do COI que facilitaram a participação dessas atletas não elegíveis no torneio olímpico de boxe de 2024 em Paris comunicou a IBA nesta segunda-feira.

Declarações do Presidente da IBA

O presidente da IBA, Umar Kremlev, criticou duramente o COI e ofereceu suporte legal às atletas afetadas.

“Isto é uma clara violação dos direitos humanos, um ultraje para as boxeadoras e simplesmente um crime que deve ser punido adequadamente”, afirmou Kremlev.

Ele também sugeriu que Bach deveria assumir responsabilidade total pelos danos causados, caso seja determinado por tribunal ou outra instância legal.

Enquanto isso, a IBA continua suspensa pelo COI por várias irregularidades financeiras e esportivas. A legislação suíça permite investigações e processos penais contra qualquer ação ou omissão que coloque em risco a segurança dos participantes em competições.

Esta disputa legal entre a IBA e o COI destaca as complexidades envolvidas na inclusão de atletas transgêneros no esporte competitivo e os desafios enfrentados pelas organizações esportivas internacionais na gestão dessas questões.

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