Emocionando a todos, o locutor Galvão Bueno declarou: “Me despeço hoje da seleção brasileira, coração sangrando, vontade de chorar”.
“Um jogo que não era para perder”: assim o apresentador Galvão Bueno descreveu a partida que decretou a derrota da Seleção Brasileira para a Croácia, sua última como narrador em uma Copa do Mundo.
Segundo o Yahoo, ao analisar o jogo de futebol, pelas quartas de final do torneio mundial, Galvão chegou a se emocionar e disse que a despedida foi triste. O narrador tem contrato com a TV Globo até dia 18 de dezembro, mas já havia anunciado que não transmitiria mais os jogos em TV aberta.
Por meio de uma entrevista feito ao Globo, em março deste ano, Galvão Bueno afirmou ter consciência de que a Copa do Catar seria sua última narrando em TV e alegou que tudo tem seu tempo. No entanto, a despedida da narração de jogos na TV aberta não significa um adeus.
Na mesma ocasião, ele afirmou que estava negociando outras coisas, outros caminhos [referindo-se à vida profissional]. Destacou ainda que há muitos afazeres no mundo digital e em outras plataformas dentro do Grupo Globo. Declarou também que a emissora é sua casa e que a conversa nesse momento é o que vai acontecer, como as portas ficarão abertas e quais delas serão utilizadas depois do dia 18 de dezembro.
Carreira
Galvão Bueno está na televisão desde meados de 1974. Sua voz protagonizou as conquistas da Seleção Brasileira nas copas de 1994 e 2002, corridas de fórmula 1 nas manhãs dominicais e momentos decisivos em Olimpíadas. Aos 72 anos, o narrador tem se reinventado nas redes sociais, onde tem 1,4 milhão de seguidores no Instagram e 370 mil no Twitter.
A despedida
De fato, nesta sexta-feira (9), chegou ao fim a trajetória de Galvão Bueno como narrador oficial dos jogos da Seleção Brasileira em Copas do Mundo. O principal locutor do grupo Globo deixa oficialmente as transmissões da emissora após a final do Mundial – o qual o Brasil foi eliminado – no dia 18, confessando que seu coração estava sangrando durante o difícil jogo contra a Croácia.
Triste, Galvão não conseguiu segurar a emoção ao falar sobre como estava se sentindo depois da eliminação em disputa de pênaltis. Agradecendo o carinho e a audiência, ele anunciou a despedida da Seleção. “Coração sangrando, vontade de chorar, mas futebol é assim.”
Ao lado de Ana Thais Matos, Júnior e Roque Júnior, ele reiterou que fazia questão de sempre dizer que uma vitória no futebol não resolve nada. As coisas continuam acontecendo para que o mundo siga melhorando.
Bueno aproveitou para relembrar seus anos no comando da transmissão das Copas do Mundo, e disse que ninguém estava esperando por essa derrota. Destacou ter vivido todas as emoções que deveria. Das 13 Copas do Mundo, narrou em três finais com direito a três títulos.
Confessou que no jogo sempre existem adversários de alto nível. Contudo, foram 53 jogos e 74 gols marcados pela Seleção. Disse ter vivido todas as emoções da Seleção Brasileira em Copa do Mundo, mas como torcedor ficou surpreso com o resultado.
Copa do Mundo no Catar
Segundo o UOL, desde o dia 20 de novembro, o mundo inteiro está com os olhares voltados para o Mundial, realizado no Catar. Muitos brasileiros acompanham o maior evento de futebol do universo pela televisão, e alguns privilegiados podem assistir pessoalmente no país árabe.
Quando Galvão Bueno chega a um estádio, existem três coisas que não podem faltar na bancada de transmissão: um inalador, uma garrafa de café e outra de água quente. A água é usada para fazer gargarejos, e o café para manter as cordas vocais aquecidas. O inalador é apenas para garantir que a voz vai aguentar. Aos 72, ele aprendeu nos seus quase 50 anos de carreira, que é preciso se cuidar – e muito – para aguentar o tranco.