Em nossa cultura, muitas vezes persiste a crença de que as mães são as verdadeiras responsáveis pelos filhos, e que os pais são apenas um “recurso” ao qual recorrer quando precisam de uma ajuda.
No entanto, precisa ficar claro que os pais têm as mesmas responsabilidades do que as mães na criação de seus filhos.
É inegável que as mães possuem um vínculo forte e especial com os filhos, afinal foram elas que os geraram em seus ventres por 9 meses, mas isso não exclui a importância da paternidade para a criação de crianças saudáveis e felizes.
A maternidade é uma fase incrível na vida de uma mulher, mas cheias de desafios e responsabilidades, e assim como as mães têm suas funções, os pais também são responsáveis por seus filhos e possuem direitos e obrigações familiares importantes. Os pais não podem ter um papel secundário na vida dos filhos, mas devem trabalhar lado a lado às mães para que a criança possa crescer segura e consciente de que tem apoio e amor de ambos os pais, estando juntos ou não.
Frequentemente, os pais são procurados apenas em situações de último caso, seja porque não fazem questão de estar perto de seus filhos, ou porque as mães naturalmente tomam a responsabilidade para si, já que sempre foram as principais responsáveis pelos filhos.
No entanto, é preciso manter em mente que as crianças precisam não apenas do pai ou da mãe, mas dos dois.
É preciso que haja um senso de responsabilidade natural, para que as mães não tenham que sair de seus caminhos para pedir aos pais que façam o seu papel e estejam presentes para os filhos. Para ser pai, é preciso ter atitude, proatividade, interesse pelo filho. Quando a criança não possui esse exemplo paterno positivo, ela se sente mais encorajada e estimulada a cobrar da mãe mais do que aquilo que é seu dever oferecer, além de não se esforçar pelos próprios objetivos. A mãe, então, vê-se obrigada a estabelecer limites, e pode passar a ser vista como a vilã da história, enquanto o pai, sempre ausente, é compreendido como bondoso e calmo.
A verdade é que é muito fácil ser o bom moço da história quando, na verdade, você pouco se importa com o que está acontecendo. Como essa é uma situação, infelizmente, muito comum, muitas mães se tornam também pais, e tentam, muitas vezes às custas de sua saúde física e mental, cumprirem ambos os papéis, o que por mais que se esforcem, nunca será realmente possível.
É claro que esse nem sempre é o caso, existem muitos pais que também são mães e pais que se esforçam para estarem presentes nas vidas dos filhos, estejam junto com as mães ou não. Esses são os pais que, com o verdadeiro senso de dever, cumprem o seu papel na vida dos filhos. Esses pais precisam ser valorizados e tomados como exemplo.
Qual tipo de pai você se esforça para ser?