A mãe Tanya Phillips explica que queria que sua filha se sentisse especial e que a marca fosse vista como algo para sentir orgulho e não vergonha.

A luta para fazer com que os filhos compreendam que as diferenças precisam ser reverenciadas, e não excluídas, faz com que os pais tenham muito trabalho com a educação infantil. Essa preocupação é ainda mais séria quando são os próprios filhos que têm algo que a sociedade considera “diferente”.

Tanya Phillips, assim que completou 40 anos, decidiu se presentear com algo que faria a sua filha, na época com um ano e meio, sentir mais orgulho de si mesma. Ela passou cerca de quatro horas fazendo uma tatuagem na perna inteira que imitava uma marca de nascença que Honey-Rae tem.

Além de Tanya, seu marido Adam entrou na agulha, duplicando a marca de nascença avermelhada da filha. De acordo com reportagem do tabloide Mirror, a mãe explica que muitas pessoas enxergam sua atitude como algo extremo, mas que para eles apenas surgiu como natural, isso porque queriam garantir que a filha nunca se sentisse diferente ou sozinha no mundo.

A pequena Honey-Rae nasceu com uma enorme mancha, e conforme crescia, a marca também crescia, chegando a tomar metade do seu corpo. Tanya explica que possui uma cor vermelho brilhante, cobrindo quase metade do lado direito do corpo da menina, indo dos pés até a parte inferior das costas. A mãe fala que a cor não desbotou com o passar dos meses, ao contrário, em alguns dias, ela assume um tom de vermelho-escuro.

Durante a entrevista, Tanya conta como foi a primeira vez em que viu a marca de Honey-Rae, ainda no hospital. De acordo com ela, a menina lutou para respirar nos primeiros minutos de vida, precisando ser levada às pressas para a unidade de cuidados especiais. Assim que conseguiu ir vê-la, encontrou a filha deitada em uma pequena incubadora, sendo esse seu primeiro contato com a marca, afirmando que ficou de “coração partido”.

A mãe explica que, naquele momento, apenas chorou, sabendo que sua pequena bebê ficaria marcada para sempre, pelo resto da vida. Ela conta que, assim como qualquer mãe, não queria que Honey-Rae fosse diferente das demais crianças, queria que ela fosse igual a todas as crianças saudáveis. Por mais que a marca de nascença não seja perigosa, Tanya explica que ainda assim vai acabar gerando um grande impacto na vida da menina.

Mesmo que ache a filha perfeita, os pais sentiam medo que outras pessoas fizessem apontamentos e críticas cruéis. Tanya passou a se certificar, nos primeiros meses de vida, de sempre cobrir as pernas da filha ao sair, já que não conseguia lidar com “olhares curiosos” ou “comentários sussurrados”.

Direitos autorais: reprodução/ BBC

Os pais não queriam que as pessoas sentissem pena da filha, e decidiram que ela deveria se sentir especial, que a marca de nascença era algo que deveria lhe causar orgulho, e não vergonha. Sempre reforçando que ela é linda, oferecendo muito carinho e atenção, a família acabou passando por uma situação constrangedora em um supermercado.

Mesmo sentindo que deveriam fazer de tudo para a filha sentir orgulho de si mesma, a primeira vez em que saíram sem cobrir as pernas da menina se depararam com um casal de idosos que apontava para sua marca e cochichava. Tanya explica que ficou transtornada, confirmando todas as suas preocupações e medos de que as pessoas são cruéis, mesmo que não seja a intenção.

Os pais sentiam que precisavam fazer algo para que Honey-Rae se sentisse amada, e decidiram presentear um ao outro com as tatuagens. Primeiro, Tanya deu ao marido, depois ele retribuiu o favor, pagando para que a esposa também fosse tatuada. A filha sentiu como se os três combinassem, achando a atitude dos pais muito bonita.

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Agatha Rodriguez
Jornalista e redatora no site O Segredo. Procura escrever sobre temas impactantes e presentes no cotidiano de todos, incentivando as pessoas a se tornarem melhores a cada dia.

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