Daniel Alves continua preso e deverá prestar novo depoimento.
O jogador brasileiro Daniel Alves segue preso na Espanha após acusação de estupro contra uma mulher em boate de Barcelona. Sua esposa, a modelo espanhola Joana Sanz, surgiu na web com um desabafo.
Nesta segunda-feira (23), a mulher do atleta teria mandado um recado bastante direto e objetivo sobre a situação de seu amado. Daniel foi detido pela polícia local e não teve direito a fiança. Para ela, esses últimos momentos têm sido muito difíceis.
De acordo com a CNN Brasil, Daniel Alves teria cometido o crime em dezembro do ano passado. O jogador de 39 anos está preso preventivamente desde o último dia 20 de janeiro. A vítima e Daniel já prestaram depoimento diante das autoridades.
Sem saber lidar com a situação, Joan Sanz, esposa do atleta, usou os stories do Instagram para desabafar. Na ocasião, ela escreveu: “Coração, aguenta tanta dor, por favor”. Anteriormente, na quinta-feira (19), a modelo postou uma mensagem de agradecimento aos fãs e amigos e não escondeu o fato de que está do lado do marido. Em meio às imagens, postou as mãos dos dois e um céu com nuvens.
Escreveu que estava se sentindo muito acolhida neste sombrio início de ano, referindo-se à prisão do companheiro. Dando continuidade ao seu discurso, pontuou que voltaria como a ave Fênix, conhecida por ressurgir das cinzas. Depois escreveu a palavra “juntos” em inglês.
Direitos autorais: Reprodução/ Instagram
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Entenda o caso
Conforme o jornal espanhol El Periódico, a vítima de Daniel Alves estava em uma casa noturna em Barcelona, acompanhada de duas amigas, na noite do dia 30 de dezembro de 2022. No local, elas teriam sido convidadas para sentarem na mesa do esportista, na área VIP, por intermédio de um garçom.
Elas negaram, mas depois de muita insistência, acabaram aceitando o convite. Foi aí que o jogador começou a flertar com as moças, inclusive tocando-as. Como apontado pelo El Periódico, ele ficou atrás da mulher proferindo palavras as quais ela não conseguia entender, por ser em português.
Na sequência, Daniel teria segurado a mão da jovem e levado em direção ao seu pênis, um gesto que mesmo com resistência da vítima foi repetido duas vezes. Ele apontou para uma porta e obrigou a mulher a segui-lo e entrar.
No depoimento, ela conta que quando se deparou que era um banheiro, tentou fugir, mas não obteve êxito. O jogador teria a impedido de ir embora, ao trancar a porta. O estupro teria acontecido lá.
O tempo total em que os dois permaneceram no banheiro foi de 15 minutos aproximadamente. Daniel teria tentado forçar a mulher a praticar sexo oral nele, mas ela resistiu à ação. Diversos trechos do depoimento da vítima correspondem às cenas flagradas pelas câmeras de segurança.
Complicações do caso
As próprias falas de Daniel Alves o contradizem. Inicialmente, ele comenta que não teria se encontrado com a jovem. Depois, afirma que teve relações sexuais de maneira consensual com a mesma. A equipe da boate teria atendido a vítima quando ela conseguiu sair do banheiro, que rapidamente acionou um protocolo contra casos de agressão sexual.
A polícia foi acionada, mas quando chegou ao local, o atleta não estava mais na boate. Embora não haja câmeras no banheiro, várias delas estavam espalhadas na área VIP onde ele teria chamado a amiga e a mulher, para sentarem-se com ele na mesa.
Um dos agentes possuía uma câmera acoplada à sua vestimenta, a qual capturou o exato momento em que a vítima estaria visivelmente nervosa e chorando desesperadamente. Informações do jornal apontam que a versão da vítima condiz com as imagens registradas.
Jogador pode ser incriminado por conta de uma tatuagem
Segundo o El Mundo, a vítima analisou que o brasileiro possui uma tatuagem na parte de baixo do abdômen, com um símbolo cujo formato é uma meia-lua. Isso pode ajudar a incriminá-lo. Vale ressaltar que Daniel Alves saiu antes dela do banheiro e mediante a resistência da mulher, teria cometido as agressões sexuais.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.