Bruce Willis poderá levar filha ao altar enquanto ainda está lúcido. Entenda.
O diagnóstico de demência do ator Bruce Willis mudou a vida de sua família e amigos, e fez com que eles adaptassem os seus planos para aproveitar o máximo de tempo possível com o astro de Hollywood.
Sua filha, Rumer Willis vai adiantar a sua cerimônia de casamento para que o pai possa estar lúcido na ocasião. Uma fonte disse ao Radar Online que Rumer, não apenas quer que seu pai compareça ao casamento, mas que também participe dele.
Rumer está grávida de seu primeiro filho com o namorado Derek Richard Thomas e quer se casar o mais rápido possível, após ouvir dos médicos que Bruce pode ter apenas alguns anos antes que os piores efeitos da afasia se manifestem.
“De certa forma, é um presente maravilhoso para ela dar ao pai, considerando que ela terá que fazer muito planejamento durante a gravidez. Mas todos na família sabem que o tempo é essencial”, disse a fonte ao portal de notícias.
Bruce Willis parece estar empolgado com a novidade, e já estaria planejando levar a filha ao altar e fazer um grande discurso. A cerimônia e o nascimento do bebê têm o motivado e a lutar, comentou a fonte.
O ator Bruce Willis tem contado com uma grande fonte de apoio nos últimos meses. Sua família e amigos, incluindo a ex-esposa Demi Moore, estão passando o máximo de tempo possível com Bruce e apreciando a sua companhia, pois sabem que ele não estará por perto para sempre.
Demi, que é uma grande amiga de Bruce e de sua atual esposa, Emma, diz: “Bruce não pode dizer muito e não parece que ele está entendendo muito do que os outros dizem (…) Então Emma realmente tem sido a voz e a comunicadora dele”, acrescentou.
Entenda a doença de Bruce Willis
Em 2022, a família de Bruce Willis anunciou que o ator havia sido diagnosticado com afasia, que é a perda da capacidade de compreender ou expressar a linguagem.
Pouco tempo depois, eles acrescentaram que o ator, Bruce Willis, de 68 anos tem demência frontotemporal ou DFT.
Dr. Trent Roubleau, especialista em neurologia do St. David’s Round Rock Medical Center Ele disse à Fox7 que existem duas formas de demência frontotemperal – uma variante comportamental e variante de linguagem ou afasia.
O médico explicou que os lobos temporais do cérebro são responsáveis pelo processamento da linguagem.
“Se alguém diz algo ou faz uma pergunta para uma pessoa com afasia, ela não pode receber essa informação e dar sentido a ela”, explicou o médico. “Ela não pode formular uma frase e responder ao mundo de forma significativa.”
Por sua vez, os lobos frontais –afetados na variante comportamental do DFT – são muito importantes para a função executiva: planejamento, seguir instruções, tarefas diárias essenciais, também julgamento e supressão de comportamento socialmente inadequado.
O médico explicou que durante a progressão da DFT, o paciente desenvolverá ambas as variantes. “Se ela começar com a variante comportamental, terá a de afasia mais tarde.”
Roubleau também explicou que a DFT é mais comumente diagnosticada em pacientes na casa dos 60 anos, e que na maioria das vezes a sua memória é preservada, o que não acontece no Alzheimer, por exemplo.
Segundo o médico, no momento atual não existem tratamentos impeçam a progressão da DFT, mas a terapia intensiva da fala pode ajudar alguém com a variante de linguagem ou afasia a reter a linguagem por um longo período de tempo. Roubleau também recomenda fisioterapia e terapia ocupacional.
Quando se trata de controlar os sintomas da variante comportamental, a medicação é frequentemente usada, incluindo estabilizadores de humor, antipsicóticos ou antidepressivos.
Como DFT é uma das demências mais graves, o médico explica que o paciente normalmente precisa de algum tipo de cuidado 24 horas por dia.
“E, o prognóstico é tipicamente, após diagnóstico, é de 2 a 10 anos de expectativa de vida. Portanto, esta é uma doença muito séria.”
Dr. Roubleau disse que os casos de FTD podem ser esporádicos, mas que um em cada cinco são genéticos.
“Na verdade, é um distúrbio autossômico dominante. Isso significa que, se você tem um membro da família, um pai que tem FTD, você tem cerca de 50% de chance de tê-lo você mesmo”, explicou.