Uma das atrizes mais relevantes do momento, Letícia Colin está vivendo uma época de colheitas do seu trabalho como atriz. Atualmente em cartaz na série “Onde está meu Coração”, na TV Globo; na novela “Todas as Flores”, da Globoplay e também nos cinemas com “A Porta ao Lado”, a atriz revela que o público tem sido bem receptivo com as personagem que ela interpreta.
Desde um forte “te odeio” até um afetuoso “você é maravilhosa”, Letícia confirma que consegue saber o que as pessoas estão assistindo. Em cada trabalho, a atriz interpreta personagens difíceis, intensas e também complexas.
Segundo a revista Marie Claire, a atriz foi indicada ao Emmy Internacional no ano passado (2022) e ganhou dois prêmios na categoria Melhor Atriz: um pela APCA de Televisão e o Melhores do Ano da Globo, com sua atuação em “Onde está meu coração”, onde interpreta uma médica que luta contra sua dependência química. Um marco único para uma atriz jovem e que tem despontado com suas atuações fortes e cheias de entrega.
Com Vanessa, a vilã de Todas as Flores, Letícia fez com que uma vilã, sem escrúpulos, caísse no gosto do público. A atuação é tão visceral, que até os familiares terminam confundindo ficção com realidade. Letícia revelou que a cunhada teria dito que não consegue mais ouvir a voz dela, em tom de brincadeira. A segunda temporada está prevista para ir ao ar em 5 de abril. O sucesso foi tanto que a Globo deverá transmitir a série no segundo semestre no canal aberto.
A atriz, que tem 33 anos e mais de 20 de carreira artística, considera importante os temas que suas personagens trouxeram à tona. Com Amanda, a atriz considera como crucial que a sociedade consiga avançar no debate sobre a política das drogas. “Olhar para esse tema como uma questão de saúde pública”, enfatiza.
Mas é com a personagem de “A Porta ao Lado” onde a atriz começou a questionar e a investigar sobre seus desejos e seu relacionamento. O filme fala sobre os limites das relações desde o encontro de Rafa (interpretado por Dan Ferreira) e Mari, que é uma chef de cozinha (interpretada por Letícia Colin). O casal vive um relacionamento monogâmico e ao observarem a relação do casal vizinho, a curiosidade desperta em Mari dúvidas e novos desejos.
De acordo com a revista Marie Claire, no filme Letícia acaba protagonizando cenas de sexo, nudez e até masturbação feminina. Para a atriz, o cinema atual carece de boas representações sexuais: “Ou fazem uma coisa apelativa, que é um desserviço, ou muito de mentirinha. Quando a gente consegue humanizar o sexo, trazer o desejo feminino é benéfico”, revela.
Desde 2015 a atriz está com o também ator Michel Melamed que está dirigindo seu primeiro espetáculo musical: “Los Hermanos – Musical pré-fabricado” que está atualmente em cartaz no Rio de Janeiro. Juntos, eles são pais do pequeno Uri, de 3 anos.
Quando questionada se aceitaria viver, como sua personagem em “A Porta do Lado”, uma relação não monogâmica com seu marido, Letícia se esquiva, mas não desconsidera a hipótese: “Isso é íntimo, particular, mas acredito que o maior ato de coragem em ter uma relação é manter o diálogo aberto”, pondera a atriz. Para Letícia, não há “maior ato de lealdade” que o diálogo entre o casal.
A atriz termina confessando que adora estar casada com Michel e que ambos nutrem bons sentimentos um pelo outro.
Mesmo não tendo o mesmo desejo que sua personagem em abrir sua relação, Letícia entende que as pessoas podem não querer ou não aceitar uma relação não monogâmica, mas “quer um lugar de confiança, de respeito, de prazer”. A atriz completa seu pensamento, afirmando que é necessário investigar “os afetos em 2023”.