Por Richarlison é o verdadeiro protagonista desta Copa porque entrega mais que gols ao Brasil!
Richarlison tem sido um dos destaques do Brasil na Copa do Catar. Mas engana-se quem pensa que ele se importa apenas com futebol. Por trás do atacante da Seleção brasileira de futebol existe também um homem que se importa com as causas sociais e inclusive, mantém uma casa para pessoas que estão em tratamento contra o câncer. Esse é Richarlison.
Atualmente no Tottenham, o atual atacante do Brasil é um jogador fora da curva. Richarlison de Andrade não é somente o camisa 9 da Seleção. O “Charlinho”, apelido que tinha quando era criança, é um dos jogadores mais engajados quando o assunto é causas sociais e necessidade de posicionamento por parte de um ídolo do futebol.
Sem se esconder atrás de meias verdades ou de qualquer hipocrisia, Richarlison já se manifestou sobre o apagão que aconteceu no estado do Amapá. Para o jogador, seu posicionamento firme e forte é reflexo de uma linha coerente que segue desde que era criança. “Eu já passei muito perrengue na minha vida. Eu acho que é só uma questão de se colocar no lugar de quem tá passando por uma situação difícil, ter empatia”, afirmou Richarlison em entrevista ao UOL.
O jogador da Seleção demonstrou inúmeras vezes que o que ele foi no passado, não foi esquecido no presente. E muito menos será esquecido no futuro. Contrariando todas as expectativas, Richarlison chegou até a “adotar” uma onça, a Acerola. A felina vive baixo cuidados da ONG Onçafari, no Pantanal do Mato Grosso do Sul.
Richarlison visitou o pantanal em uma ação de divulgação da nova camiseta da Seleção que faz referência aos animais. O jogador voltou para a Inglaterra encantado com as belezas do bioma e afirmou que era um lugar “mágico, onde a gente tem contato com a natureza o tempo todo”.
O jogador também admite que desconhece muitos temas, mas acha necessário não se manter apático e indiferente frente a tudo que tem acontecido. Mas acredita que com o que tem feito, tem proporcionado mudanças significativas. “Quem sou eu para medir a dor dos outros?”, questiona Richarlison, que não se mostra insensível a temáticas como o racismo.
O camisa 9 da Seleção também mostrou que não fica de braços cruzados, quando o sistema não atua em benefício da sociedade. Atualmente ele mantém, junto com o Instituto Padre Roberto Lattieri, uma casa em Barretos, interior de São Paulo, que dá abrigo a várias pessoas que fazem tratamento contra o câncer no Hospital de Amor, que é referência de tratamento contra o câncer no Brasil.
Esse desejo nasceu do jogador, depois que uma pessoa importante na vida de Richarlison enfrentou a doença, em 2017, segundo o site UOL. Desde então, Richarlison destina cerca de 10% de seu salário para cobrir os custos da casa. A casa acolhe desde crianças, com suas mães, até adultos que não têm condições de arcar com as despesas. Muitas das pessoas que estão na casa vieram de outros estados.
Richarlison também faz arrecadação de alimentos para pessoas necessitadas. Confira:
E não para por aí: Richarlison se tornou parceiro do USP Vida durante o período mais delicado da pandemia de Covid-19 no Brasil. “Eu fiquei muito inquieto em casa e com meu staff resolvi concentrar as ações em um só lugar e na divulgação de informação correta e útil para o povo”, explicou o craque. Richarlison foi em total contramão até contra as políticas do então Ministério da Saúde da época.
O projeto USP Vida arrecadou R$ 20 milhões para pesquisa, em verbas e materiais. Para Richarlison, ele acredita que “tudo o que a USP fez naquele período [da pandemia] teve um impacto muito grande para a melhora da situação tão triste que a gente viveu no Brasil”.
Para Richarlison, ser politizado é ser coerente com sua própria história de vida, até mesmo de sua própria origem. “Só me conscientizei do que eu posso fazer, até onde minha voz pode chegar e quem eu quero ajudar”, comentou.
O jogador já disse em várias oportunidades que seus posicionamentos políticos não são alvo de nenhuma estratégia de marketing e que ele não tem nenhum interesse escuso por trás disso tudo, muito pelo contrário: “Enquanto puder fazer algo para mudar meu país para melhor, eu vou estar aqui para colocar a boca no mundo e gritar mesmo”.
Pois então, grite, Richarlison. Grite muito!
E continue nos encantando com seu futebol lindo.
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