A atriz Regina Duarte, 75, demonstrou solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem ela foi secretária de Cultura, após o fim de seu mandato.
Referindo-se a Bolsonaro como se ele ainda fosse presidente, Duarte afirmou, em seu perfil no Instagram, que seria uma “injustiça” esquecer as coisas que o ex-presidente fez pelo país durante os quatro anos de seu governo.
“Não se pode, por questão de justiça, esquecer tudo que o presidente Bolsonaro fez pelo Brasil e os Brasileiros”, legendou.
Secretária de Cultura. Em 2020, Regina Duarte colocou um ponto final em seu longo contrato com a TV Globo para assumir a Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro.
A atriz assumiu o posto em março de 2020 e, tão rápida quanto sua ida para a Secretaria, foi sua destituição em maio do mesmo ano. Na ocasião, Regina sofreu um processo de fritura e foi substituída pelo ator Mário Frias — ele foi eleito deputado federal por São Paulo no ano passado.
Na ocasião, Jair Bolsonaro prometeu que Regina Duarte assumiria o comando da Cinemateca Brasileira, com sede em São Paulo, o que não aconteceu.
Mesmo assim, a artista permaneceu fiel a Bolsonaro e ao bolsonarismo, com recorrentes críticas e ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro pode ser preso? Ontem, durante o discurso de posse no Palácio do Planalto, Lula ouviu de seus apoiadores que não conceda anistia a Jair Bolsonaro, ou seja, que não perdoe eventuais crimes crimes cometidos por ele em sua gestão.
O ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello defende que Bolsonaro seja anistiado, como forma de “pacificar o Brasil”.
Agora sem cargo político pela primeira vez em mais de 30 anos, Bolsonaro não tem direito a foro privilegiado e pode ser julgado como um cidadão comum. A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados vai protocolar uma petição ao STF pedindo a prisão preventiva de Jair, que optou por sair às pressas do Brasil e viajar para os Estados Unidos antes mesmo do fim de seu governo.
Quais são os crimes atribuídos a Bolsonaro?
- A condução na pandemia lhe rendeu pedidos de indiciamento na CPI da Covid. Ele é suspeito de charlatanismo, prevaricação, emprego irregular de verba pública, epidemia com resultado de morte e infração de medida sanitária preventiva.
- Em outro inquérito, Bolsonaro é investigado por interferir na Polícia Federal ao trocar a chefia da instituição para proteger os filhos.
- O presidente também é investigado por vazar uma investigação sigilosa da PF sobre um suposto ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e por divulgar notícias falsas sobre o processo eleitoral.
- O principal inquérito na Corte é o das “milícias digitais”, uma organização criminosa supostamente criada para ameaçar a democracia.