Neste ano, eu aprendi a me curar de todas as coisas que ainda me ferem e a ser o meu melhor amigo.

Fazendo uma retrospectiva, não diria que este foi um dos anos mais fáceis da minha vida, na realidade, quando se trata de amadurecimento, 2019 me apresentou a diversas situações complicadas de perda e autodescoberta, e me fez vivenciar coisas que nunca imaginei serem necessárias.

Tive muitos momentos felizes perto das pessoas que amo, mas também passei por muitas noites de solidão e reflexão, analisando os meus relacionamentos e me decidindo sobre aqueles que deveriam permanecer e os que precisavam de renovação.

Neste ano, eu perdi muitas pessoas. Perdi amigos que se diziam leais e cuja presença eu valorizava muito; perdi parceiros românticos, que diziam me amar incondicionalmente, mas sempre encontravam uma maneira de me enganar e se aproveitar de minha confiança; perdi muitas companhias que apenas me levavam para baixo, sem que eu percebesse.

No começo, não foi fácil me adaptar à ausência dessas pessoas, porque elas sempre fizeram parte de minha vida.

Na verdade, nós ficamos acostumados e apegados até mesmo àquilo que não nos faz bem, mas com o tempo eu abri os olhos, enxergando quem essas pessoas realmente eram e substituindo as lágrimas por alívio, porque nada melhor do que se libertar de uma realidade que consome nossas forças a cada dia.

Fui muito testado neste ano, passei por diversas situações que me fizeram aprender a valorizar a minha dignidade e a ter amor-próprio, e me ensinaram que nunca posso trocar a minha felicidade pela de outra pessoa, porque o único responsável por garantir o meu bem-estar sou eu mesmo.

Neste ano, eu ganhei a mim mesmo. Passei mais tempo em minha companhia, conheci melhor meus sentimentos, sonhos, traumas e tudo aquilo que me impede de avançar.

Eu aprendi a me curar de todas as coisas que ainda me ferem e a ser o meu melhor amigo.

Tive de me desapegar de muitas pessoas e situações às quais estava acostumado e não foi sempre fácil, mas também recebi muita força, positividade e alegria de lugares inesperados e que me permitiram crescer para aprender a me amar e aceitar como sou.

Posso ter perdido algumas pessoas, mas ganhei a mim mesmo, a minha felicidade e a minha independência. Eu posso ter desfeito alguns vínculos, mas fortaleci ainda mais a minha conexão interior.

Neste ano, eu posso ter dado adeus a algumas pessoas, mas pude receber a melhor parte da minha vida, e isso é muito mais do que suficiente.

Que venha 2020 e todas as novas oportunidades de aprendizado e felicidade!

 

Texto escrito com exclusividade para o site O Amor. É proibida a divulgação deste material em páginas comerciais, seja em forma de texto, vídeo ou imagem, mesmo com os devidos créditos. Direitos autorais da imagem de capa: Artem Beliaikin/Pexels.

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Luiza Fletcher
Redatora do site O Amor, onde sua missão é promover a reflexão e ajudar a aproximar as pessoas do amor verdadeiro, em todas as suas formas. Também escreve para o site O Segredo, um dos maiores portais do Brasil sobre desenvolvimento pessoal. Sua missão é buscar assuntos que nos inspirem a ser uma versão melhor de nós mesmos.

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