A quatro dias do primeiro turno das eleições, a primeira-dama Michelle Bolsonaro convocou religiosos a “levantar um clamor pelo Brasil” numa corrente de jejum e oração de 12 horas. Nas redes sociais, ela compartilhou vídeo que mostra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e símbolos como a bandeira do Brasil.

“Vamos suplicar a Deus que nos livre dos corruptos, que saquearam o nosso país. Vamos clamar por justiça, livramento de fraudes e declarar um novo tempo de prosperidade nunca visto antes em nossa nação”, diz trecho do vídeo.

Não é a primeira vez que Michelle Bolsonaro convoca fiéis nas redes sociais. Em 2 de setembro, ela compartilhou um post para incentivar uma corrente de jejum e oração em favor da reeleição do presidente.
Desta vez, o vídeo de Michelle não faz referência direta a Bolsonaro.

“Vamos levantar um clamor pelo Brasil nesta quinta-feira, dia 29 de setembro da meia-noite ao meio-dia. Vamos jejuar em favor de nossa nação”, diz o vídeo publicado. “Você que é cidadão e cristão, reserve um tempo neste dia e clame ao senhor Jesus pelo nosso país”.

O jejum é uma prática comum de abstinência feita por fiéis e não significa exclusivamente ficar sem comer. É considerado jejum, por exemplo, a privação de algum prazer por algumas horas por dia, ou algum alimento específico.

As mais recentes pesquisas eleitorais mostram vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) e chance de vitória em primeiro turno.

Em um culto no mês passado, Michelle afirmou que o Planalto, “hoje, é consagrado ao senhor Jesus”. Depois, em uma rede social, compartilhou um vídeo que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no ano passado, em um ritual do candomblé, o que foi associado às “trevas”. “Isso pode, né? Eu falar de Deus, não”, escreveu.

Michelle participou de campanha de Bolsonaro para melhorar imagem

Pesquisas anteriores à corrida eleitoral indicavam que Bolsonaro precisava melhorar sua imagem entre eleitorado feminino. O diagnóstico era conhecido e o antídoto também.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, era vista como um ativo da campanha para suavizar a imagem do presidente. Ela discursou na convenção do PL em julho e o seu desempenho animou a equipe do presidente.

Mas a avaliação hoje é de que o comportamento de Bolsonaro boicotou o potencial de conquista de votos que a primeira-dama proporcionava. O primeiro episódio de grande repercussão foi o ataque verbal à jornalista Vera Magalhães durante o debate do UOL, Folha, Band e TV Cultura, em 28 de agosto.

Dez dias depois, Bolsonaro voltou a dar declarações que não ajudaram a diminuir a rejeição nem a atrair o eleitorado feminino. Em 7 de Setembro ele puxou o coro de imbrochável.

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O Amor - Redação
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