Na noite de sexta-feira (7), uma operação da Polícia Civil resultou no resgate de uma adolescente de 13 anos, grávida, que estava sendo mantida em cárcere privado pela família de seu namorado.

O evento ocorreu em uma residência localizada no bairro Estalagem, parte da Região Metropolitana de Viamão.

Após receberem uma denúncia anônima, equipes das 1ª e 2ª Delegacias de Polícia de Viamão se dirigiram ao local. Lá, constataram que a jovem estava sob a custódia do namorado, de 17 anos, e da sogra, de 37 anos, em um ambiente insalubre, sem comida e com janelas obstruídas.

A delegada Jeiselaure de Souza informou que a vítima sofria abusos físicos e psicológicos. Ela estava impedida de manter contato com familiares e amigos, além de ser proibida pelo namorado de frequentar a escola, realizar consultas pré-natais e participar de atividades sociais.

O papel do Conselho Tutelar

Segundo informações da polícia, o Conselho Tutelar de Viamão já acompanhava o caso e forneceu documentos pertinentes à delegacia.

Durante uma visita ao local, uma conselheira tentou intervir mas foi ameaçada pelo namorado da adolescente, que tentou atacá-la com correntes e uma mangueira, além de verbalizar ameaças.

Detenções realizadas

Durante a ação na sexta-feira, o namorado foi detido e enfrentará acusações por cárcere privado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

O Ministério Público solicitou sua internação provisória, que foi concedida pelo judiciário. A mãe dele também foi presa em flagrante pelo mesmo crime de cárcere privado e por cumplicidade nos atos violentos do filho. Sua prisão foi convertida em preventiva.

Adicionalmente, um homem de 46 anos foi capturado no local por envolvimento com tráfico e associação ao tráfico. Com ele foram encontradas várias pedras de crack e uma quantia em dinheiro.

Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.

O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.

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