Alanis Guillen define sua sexualidade como fluida. A intérprete de Juma Marruá em Pantanal já comentou abertamente sobre o assunto, mas destacou que usa o fato de estar na novela das nove da Globo para quebrar o tabu.
A artista quer que o telespectador continue se entretendo com o folhetim sem precisar impor que ela seja heterossexual como a personagem.
“Assumir isso é uma libertação: passamos a viver com mais facilidade e com relações mais sinceras. O amor também parece mais sincero e real. Falar sobre isso e se aceitar faz com que a gente consiga olhar o outro com empatia”, contou a ex-Malhação em entrevista.
“Tento ter controle das coisas, mas, quanto mais eu tento, mais percebo que não tenho controle de nada. Ainda assim, faço terapia e tento entender como os artistas que eu admiro lidam com toda essa exposição”, destacou.
Sexualidade fluida significa que a pessoa se apaixona a partir de uma conexão com alguém. Isso não significa necessariamente gostar ou ter preferências por homens, mulheres e outros gêneros.
Nós, atores que estamos na mídia, podemos ajudar a fortalecer o espectador que nos assiste e dizer para ele que amar uma pessoa fora do espectro heteronormativo não é errado. Não somos uma coisa só. E que bom que podemos amar de diversas formas!
Simpatizante dos ideais feministas, Alanis enxerga na menina que vira onça o exemplo de mulheres que precisam provar a todo o tempo que são capazes de tomar suas decisões sozinhas. “A Juma vem nesse lugar que luta pelo que somos e pelo que queremos e não queremos”, opinou.
“O feminismo nos faz relembrar dos nossos direitos e nos firma no nosso corpo. Também nos ajuda a trabalhar a apropriação, porque até então o nosso corpo não é nosso, ele está sempre vulnerável às decisões de outros. Percebemos isso até pelas leis, já que não podemos decidir o que queremos fazer sobre nós mesmas”, concluiu.