Foi só ele começou a dedilhar os primeiros que acordes em seu violão, que sua presença foi comemorada.
Almir Sater reaparece em “Pantanal” como Eugênio, 30 anos depois de ter outro personagem enigmático na primeira versão.
O artista também está presente na trilha da novela, inclusive na abertura ao lado de Maria Bethânia.
O ator conta como recebeu o convite para voltar:
“Primeiro começaram a brincar comigo, me sugerindo para papeis grandes. Já me acovardei (risos). Mas também fiquei instigado porque é bonito o projeto. Eu disse que já passou meu tempo, mas chegamos à conclusão de que poderia ser uma participação musical menor. Conversamos eu e Bruno Luperi, autor, e encontramos um papel no qual eu pudesse contribuir. Não adianta ser um papel que não toco. Eu sou músico. Eu faço um chalaneiro, viúvo, cara que vive nesse rio desde que se entende por gente. É um papel bonito, tem falas bonitas. Quando comecei a gravar agora me emocionei. É um papel muito carinhoso”
Sim, tenha que certeza que teremos muitas rodas de viola. E digo mais: embates musicais entre pai e filho. Gabriel Sater, filho do artista também estará na novela, tanto em cena quanto na trilha.
Almir Sater e seu personagem na primeira versão de Pantanal – Foto: Reprodução
Almir não esconde a felicidade de ter o filho como parceiro em “Pantanal”, além de tantos outros reencontros que a novela proporcionou:
Gabriel Sater será Trindade – Foto: Reprodução/Tv Globo
“Não só meu filho. Essa novela trouxe para perto de mim pessoas com quem eu convivo desde menino. O Chico Teixeira, a Isabel Teixeira, vieram por outras fontes, não foram influências nossas. O Gabriel, meu filho, já tinha feito ‘Meu Pedacinho de Chão’, do Ruy Barbosa; já tinha trabalhado com o Irandhir; e outros trabalhos. Quando eu soube que seria o Gabriel quem faria o Trindade, fiquei muito feliz..”
Ah, tem este detalhe: Gabriel fará o mesmo personagem do pai há 30 anos: Trindade. E Almir garante que, na viola, não dará moleza para o filho, não. 🎼
“O Bruno criou uns enfrentamentos do Trindade com o Eugênio, enfrentamentos musicais. Eu falei para o meu filho, não vou dar moleza, hein. Meu filho toca bem, toca violão erudito. Há uns anos começou a estudar viola. É um cara que se dedica muito. Eu espero que seja tão bom para ele quanto foi para mim, o personagem Trindade”