Stefany Vitoria Teixeira Ferreira, uma jovem de 13 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (11/2) em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Uma amiga da adolescente, também de 13 anos, revelou que os assédios às meninas do Bairro Metropolitano eram frequentes por um suspeito – um pastor de uma igreja na mesma área onde a vítima residia.
Relatos de uma amiga próxima
A amiga de Stefany compartilhou com a TV Alterosa que o suspeito era insistente em seus convites, sempre acompanhados de cantadas.
“Toda vez que eu e minha irmã passávamos, ele ficava chamando, mas nós sempre recusávamos”, disse ela.
Em uma ocasião, enquanto esperava no ponto de ônibus, ele se aproximou com insinuações.
“Ele me chamou e falou que ninguém ia saber. Eu perguntei ‘saber o quê? Sendo que eu e você nem temos intimidade?'”, relatou a jovem.
O suspeito era uma figura de confiança no bairro por ter sido pastor.
“Se eu falasse alguma coisa, ninguém ia acreditar em mim, porque a palavra dele ia valer um tiro. Como ele era pastor, falavam que ele era um homem bonzinho e tudo mais”, explicou a amiga.
Comportamento perturbador do suspeito
Além das caronas oferecidas, ela observou que ele costumava sentar-se na varanda de sua casa para observar e assediar verbalmente as garotas que passavam.
“Ele não tirava o olho”, comentou ela, acrescentando que isso a deixava particularmente assustada à noite.
Sobre Stefany, a amiga a descreveu como uma menina “muito incrível” e expressou profunda tristeza pela sua perda.
“Ela era inocente, passava calada, não mexia com ninguém, não arrumava briga. Era quietinha na dela. Foi de repente o que aconteceu”, lamentou.
A jovem também expressou seu desejo por justiça:
“Se ele for solto, vai fazer a mesma coisa com outras garotas. Eu só quero justiça. Ela era minha amiga, eu vou sentir muita falta dela. Espero que ele nem consiga colocar a cabeça no travesseiro”, concluiu.
Investigação em andamento
O pastor João das Garças Pachola foi detido como principal suspeito do assassinato de Stefany pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
A adolescente estava desaparecida desde domingo (9/2), após sair para visitar uma amiga e não retornar. Seu corpo foi descoberto em uma rua do Bairro San Genaro, próximo ao Metropolitano.