A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou que os dois corpos encontrados carbonizados dentro de um Siena em uma estrada de Unaí (MG) são do sexo feminino.
O veículo está em nome de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54 anos, apontado como um dos mandantes dos assassinatos de seis pessoas da mesma família do DF.
Em depoimento prestado à polícia, Horácio Carlos, coautor preso pela Polícia Civil do DF, contou que os cadáveres são de Renata Juliene Belchior, 52, e Gabriela Belchior, 25 (mulher e filha de Marcos).
De acordo com o relato, as duas foram mantidas em cárcere por mais de 24 horas em uma casa localizada no Vale do Amanhecer, em Planaltina.
O imóvel foi alugado pelo próprio Horácio dias antes. Um vídeo registrado pela polícia mostra o interior da casa.
Renata e Gabriela tiveram os celulares retidos, foram vendadas e amordaçadas para não gritarem.
Ainda com base no depoimento do preso, a todo momento, Thiago Gabriel Belchior, 30, (filho e irmão das vítimas) e Marcos trocavam mensagens com outras pessoas se passando pelas mulheres.
Em um dos textos, eles chegaram a dizer que as vítimas estariam indo viajar.
Horácio contou que o crime teria sido motivado pelo interesse da dupla (Thiago e Marcos) em ficar com R$ 400 mil referentes à venda de uma casa, em Santa Maria.
O imóvel pertencia a Renata Juliene, sogra da cabeleireira Elizamar da Silva. O esposo de Renata precisava de dinheiro e tramou o plano contra a mulher.
O esquema macabro também incluía a morte de Elizamar e dos três filhos — Gabriel, 7; e o casal de gêmeos Rafael e Rafaela, 6. A empresária foi atraída pelo marido Thiago até o condomínio dos pais dele, no Paranoá.
Lá, Horácio assumiu a direção do veículo e, junto a Thiago, levou a mulher e as crianças até uma estrada de Cristalina (GO), onde ateou fogo no automóvel e nos corpos.
Na noite desta terça-feira (17/1), a PCDF prendeu um homem, de 34 anos, contratado para vigiar a casa em que mãe e filha estavam. A polícia segue em busca de Thiago e Marcos, dados como desaparecidos.
Se você presenciar um episódio de violência doméstica ou familiar, e sentir que as vítimas estão correndo risco imediato, não hesite em ligar para o 190, acionando obrigatoriamente a polícia e o socorro.
Para casos não emergenciais, basta ligar para o 180 ou para o Disque 100, ambos os canais estão disponíveis todos os dias, em qualquer horário e oferecem orientações às vítimas de violência doméstica, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
Os números também atendem denúncias sobre pessoas idosas, população LGBT, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.