Por A atriz Maria Carol Rebello, irmã de João Rebello, foi convidada a retornar à televisão em uma novela após uma década longe das câmeras.
Esse convite chegou exatamente no dia em que seu irmão foi brutalmente assassinado, em 24 de outubro de 2024.
Desde esse momento, ela tem enfrentado o desafio de se preparar para sua atuação em Êta Mundo Melhor!, ao mesmo tempo que lida com o sofrimento pela perda de quem ela chama de “seu melhor amigo“.
“Estou em um ponto da minha vida onde vejo esse papel em ‘Êta Mundo Melhor’ como um presente, uma maneira de seguir adiante nesse enigma que é a vida. Recebi o convite na manhã do dia em que meu irmão faleceu e, à noite, ocorreu o ato violento“, compartilhou Maria Carol durante uma entrevista com Heloisa Tolipan.
O luto é um caminho extremamente íntimo e demorado. Para mim, ainda é uma ferida aberta. Meu irmão não era somente um parente; ele era meu grande amigo e a pessoa que eu mais admirava.
Enfrentar essa realidade tem sido incrivelmente árduo, permeado por intensa saudade. Existem dias particularmente difíceis, mas estou aberta a discutir sobre isso.
Na verdade, desejo falar sobre o terrível erro que tirou sua vida sempre que necessário, ela adicionou.
Para Maria Carol Rebello, que também perdeu seu tio, o diretor Jorge Fernando, em 2019, o luto se tornou um desafio constante.
“A revolta é intensa e a falta que ele faz é enorme. Além disso, algumas coincidências me levam a refletir, como o fato de ter recebido essa chance profissional no mesmo dia do crime. Procuro encarar isso tudo, bem como os bons momentos que ainda posso ter – um sorriso com amigos, um local acolhedor, a companhia de pessoas queridas – como dádivas. A vida é um mistério e devemos vivê-la e valorizá-la ao máximo“, refletiu.
O que aconteceu com João Rebello?
No fatídico dia 24 de outubro, João Rebello, ex-ator mirim e com 45 anos de idade, estava em seu carro quando foi vítima de tiros. O assassinato ocorreu em Trancoso, na Bahia, onde ele havia se estabelecido recentemente.
Segundo testemunhas locais à polícia, dois indivíduos em uma motocicleta se aproximaram do automóvel de João e efetuaram disparos à queima-roupa.
As investigações apontaram que o homicídio foi fruto de um equívoco.
