Na manhã de segunda-feira (20), um jovem casal foi detido sob a acusação de matar e queimar o corpo de sua filha recém-nascida. O ato violento aconteceu em Sério, localizado no Vale do Taquari, em setembro do ano passado.

Após quatro meses de investigação detalhada, as autoridades policiais concluíram o inquérito e conseguiram uma ordem judicial para a prisão preventiva dos dois.

Informações sobre o crime

O delegado Humberto Messa, responsável pelo caso na Delegacia de Polícia de Lajeado, revelou que a mulher, então com 19 anos, deu à luz no banheiro de sua casa no dia 13 de setembro de 2024.

Logo após o parto, ela tirou a vida da bebê com um corte no pescoço usando uma faca serrilhada. A motivação para tal ato seria o medo da jovem de ser abandonada pelo companheiro, que não aceitava a paternidade e insistia por um aborto.

Ocultação e descoberta do corpo

A jovem acusada limpou o local onde ocorreu o assassinato e escondeu o corpo da criança entre tecidos. Mais tarde, foi levada ao hospital de Sério pelo sogro, que não tinha conhecimento dos eventos.

Ela e o pai da criança alegaram que se tratava de um aborto espontâneo. No entanto, informado pela mulher, seu namorado, com 20 anos na época, escondeu o corpo em um saco, incendiou-o e o abandonou numa área florestal.

Funcionários do hospital para onde ela foi transferida, em Estrela, desconfiaram e notificaram as autoridades. A polícia localizou o corpo da bebê e apreendeu a faca utilizada pela mãe.

Tanto os restos mortais quanto a arma do crime foram examinados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), cujos laudos confirmaram que a bebê estava viva ao nascer e que a faca pertencia ao casal.

Consequências legais

O casal foi encontrado na casa da mãe do jovem e levado ao presídio estadual de Lajeado. Eles estão sendo processados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.

Interrogada pelas autoridades, a mãe declarou não lembrar-se de ter cometido o crime. O pai preferiu não depor após os resultados dos laudos serem divulgados.

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