Estudante foi atacada após aceitar corrida de criminosos que fingiram ser passageiros.
Uma estudante de direito que trabalhava como motorista de aplicativo foi morta a facadas em Fortaleza (CE) por dupla de criminosos que fingiram ser passageiros.
De acordo com o portal R7, Samira Albino Ribeiro fazia o trabalho para pagar sua faculdade, e naquela tarde aceitou a corrida que culminou em sua trágica morte. Os criminosos atacaram a mulher com golpes de faca. Ela ainda conseguiu conduzir o carro por alguns instantes, até o momento em que colidiu com um poste.
A dona do veículo parou no semáforo na avenida Raul Barbosa, no bairro Aerolândia, na noite de quarta-feira (30), quando foi abordada por dois homens, que pediram seu celular. Ao informar que não tinha aparelho telefônico, ela foi atingida por dois golpes de faca no tórax.
Samira chegou a ser atendida no local e teria sido levada a um hospital próximo à região, mas não resistiu aos ferimentos. A família da jovem cobra por respostas sobre o crime, uma vez que não houve prisão e nenhum pertence da vítima foi levado.
Samara Albino, irmã da vítima, que a descreve como uma mulher alegre, de bem com a vida e muitos amigos, declara que é difícil não ter resposta para o que aconteceu com a moça, cuja vida foi ceifada por um crime hediondo. Apesar de tudo, a Polícia Civil investiga o caso.
Outro caso envolvendo motorista de app que morreu
Segundo o portal UOL, uma professora de libras e matemática, que também atuava como motorista de aplicativo, foi encontrada morta com sinais de agressão em outubro deste ano após desaparecer enquanto fazia uma corrida.
O corpo de Hortência Lourenço Dias, 38 anos, foi encontrado em uma estrada rural de Olímpia (SP). Três suspeitos de envolvimento no crime foram presos. Ela era mãe de dois filhos, um adolescente de 17 e uma menina de oito anos. Para complementar a renda familiar, tinha este trabalho extra fazendo corridas por aplicativo.
Um morador que passava pela estrada de terra do bairro Campo Alegre localizou o corpo e acionou o Corpo de Bombeiros, que rapidamente verificou que ela já estava morta, com diversos ferimentos na cabeça e no pescoço.
O pai da mulher assassinada informou à polícia que a filha saiu para uma corrida por volta das 22h do dia anterior e não retornou mais para casa. Ele foi à delegacia da cidade prestar queixa sobre o desaparecimento de Hortência e recebeu a notícia de que um corpo feminino havia sido encontrado. O homem fez o reconhecimento dela por meio de uma foto. O caso foi registrado como latrocínio – roubo seguido de morte – já que o carro da vítima, o celular e os documentos pessoais foram roubados.
Prisões
Um adolescente foi apreendido e dois suspeitos adultos acabaram presos durante as investigações policiais. A primeira prisão aconteceu no dia seguinte ao crime. Maicon Douglas Henrique, de 27 anos, foi preso em Pirangi, município no interior paulista, na casa de um amigo. O veículo de Hortência Dias também foi encontrado na cidade. O mesmo teria sido abandonado em uma rua depois de ficar sem combustível.
Maicon confessou ter participado do crime em depoimento e admitiu que estava com mais dois amigos. O assassinato de Hortência ocorreu logo após o trio consumir cocaína e decidir roubar o carro da mulher para vendê-lo, e dessa forma, comprar mais drogas.
Conforme Maicon, ele teria ficado no carro quando os dois comparsas agrediram a vítima até a morte. O delegado Rodrigo Souza Ferreira acredita que tenha sido um crime premediato, já que Maicon pediu a Hortência que fizesse a corrida por fora do aplicativo, para não levantar suspeitas nem deixar rastros.
Amigos alertavam motorista sobre o perigo
Um amigo de Hortência Dias destacou que a mulher fazia corridas noturnas para conciliar com as aulas que dava no período matutino e vespertino. Muitos diziam que à noite era perigoso, por ela ser mulher, e que era mais vulnerável.
No entanto, a motorista reiterava que era melhor assim, que as corridas eram tranquilas e a remuneração era maior. Além disso, ela não buscava qualquer passageiro, evitava pegar homens e supostamente aceitou a corrida de Maicon por conhecê-lo. Hortência morava com a mãe, que ficava responsável pelos seus filhos, enquanto a vítima de latrocínio trabalhava.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.