Gustavo Henrique Lira, ex-namorado de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que foi encontrada morta em Cajamar, compareceu à delegacia local na tarde desta quinta-feira (6). A Polícia Civil pediu sua prisão preventiva após encontrar contradições em seu  depoimento.

Vitória estava desaparecida há uma semana, após sair do trabalho na noite de 26 de fevereiro. Seu corpo foi descoberto em uma trilha remota da área.

“Solicitamos a prisão do ex-companheiro não porque temos provas diretas de sua participação no crime, mas devido a discrepâncias significativas em seu depoimento, que confrontamos com evidências da investigação”, explicou Aldo Galiano, delegado Seccional de Franco da Rocha.

Principais linhas de investigação

A primeira hipótese considera um possível motivo de vingança.

“Identificamos um motivo pessoal muito forte entre a vítima e o ex-namorado”, mencionou Aldo, acrescentando que detalhes não podem ser divulgados atualmente por estarem sob sigilo judicial.

Adicionalmente, na noite do desaparecimento, Vitória tentou contatar Gustavo pedindo uma carona, mas ele só visualizou a mensagem às 1h30 e respondeu às 4h com um simples “ok” às mensagens da família dela sobre o sumiço.

A segunda linha investigativa aponta para uma possível ameaça. Conhecidos de Vitória reportaram que ela vinha sendo intimidada há semanas.

“O responsável pelo crime conhecia bem o local e provavelmente morava nas proximidades”, informaram as autoridades.

Progresso das investigações

Até o momento, a Polícia Civil interrogou 14 pessoas e está investigando seis delas, incluindo o ex-namorado, um antigo affair e dois homens que pegaram o mesmo ônibus que ela, além de outros dois indivíduos que estavam em um carro e teriam assediado a jovem.

Vitória desapareceu em Cajamar na noite da última quarta-feira após deixar seu emprego como operadora de caixa em um shopping local às 23h. Ela aguardava um ônibus perto do shopping quando notou dois homens nas proximidades, conforme relatado em mensagens para uma amiga.

A adolescente expressou medo em suas mensagens. Cerca de meia-noite, ela informou à amiga que havia embarcado no ônibus e que apenas um dos homens havia entrado no veículo com ela.

Ela se sentiu mais tranquila e mencionou que o homem permaneceu no ônibus após ela descer. Segundo a Polícia Civil, testemunhas viram um carro seguindo a adolescente enquanto ela caminhava para casa no bairro Ponunduva após descer do ônibus.

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