Após uma briga de casal, um homem é suspeito de assassinar a companheira dentro de casa, na Zona Leste de São Paulo.
Uma mulher chamada Ana Carolina da Silva Santos Fernandes, de 27 anos, foi encontrada morta em sua casa, localizada em Guaianases, na Zona Leste de São Paulo, no dia 16 de outubro. A vítima estava junto com a filha de apenas 2 anos, que estava dormindo em seu colo. O principal suspeito do crime é o marido, Fernando Fernandes do Santos, de 35 anos, que está foragido.
Segundo informações do UOL, a mulher era corretora de seguros e foi encontrada pela própria mãe, Adriana da Silva, que durante a madrugada tinha recebido uma ligação da mãe de Fernando, informando que o casal tinha brigado. Segundo a Adriana, os dois teriam passado a noite juntos, mas depois que recebeu a ligação, foi até a casa da filha verificar se estava tudo bem com ela, já que o casal sempre brigava.
Chegando na casa, a mãe da vítima encontrou o corpo de Ana Carolina ensanguentado, todo roxo e asfixiada. Em cima do corpo da vítima, estava a neta, que aparentemente mamou no peito da mãe e adormeceu. Fernando Fernandes do Santos, o marido e principal suspeito do crime, não estava no local.
Ao G1, Adriana da Silva lamenta a morte da filha, que era tudo para ela. Abalada, a mãe diz que nunca imaginou que iria escolher o caixão para a filha e fazer isso, foi algo terrível para ela. A mãe da vítima, Adriana da Silva, clama para que achem o marido suspeito de assassinar a filha, para que ele pague pelo que fez. Desolada, Adriana ainda diz que quer justiça, já que não pode mais ter sua filha de volta.
O caso está sendo investigado como feminicídio pelo 103º Distrito Policial, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Os exames foram solicitados ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML) para auxiliar nas investigações. Além disso, a Polícia continua realizando diligências para encontrar Fernando Fernandes dos Santos.
Ana Carolina e Fernando eram casados desde 2020, entretanto, a família da corretora confirmou que o relacionamento dos dois era bastante conturbado. Além disso, antes mesmo dos dois se casarem, a família era contra a relação pois acreditavam que homem não era uma boa pessoa, tendo em vista que ele chegou a agredi-la algumas vezes. Inclusive, em maio deste ano, a mãe da vítima pediu uma medida protetiva contra ele, mas Ana Carolina acabou voltando a se relacionar com o homem.
Direitos autorais: Reprodução / Arquivo Pessoal
De acordo com familiares de Ana Carolina, a mãe dela sempre pedia para a filha largar o marido, mas isso nunca aconteceu. Apesar disso, ninguém tinha ciência se a mulher enfrentava algum tipo de ameaça ou se sofria algum tipo de pressão. Pais de uma menina de 2 anos, os dois tinham filhos de relacionamentos anteriores. Além da pequena de 2 anos, a vítima deixou um filho de 3 anos e uma menina de 11.
Ainda segundo o UOL, depois que oficializaram a união, a mãe da vítima tentou aceitar a decisão da filha, mas depois da medida de proteção, se posicionou totalmente contra. Ana Carolina tinha ficado “estranha” com o passar do tempo, diminuindo o contato entre elas. Diante do luto, a familiar não identificada diz que todos estão buscando justiça e a única coisa que querem é que o homem pague pelo o que fez.
Os familiares lembram Ana Carolina da Silva Santos Fernandes como uma mulher trabalhadora e uma verdadeira “mãezona”, que sempre quis dar tudo para seus filhos. Carinhosa, meiga e que nunca entrava em briga, a família não entende o que aconteceu com ela.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.