A polícia suspeita que um homem de Goiás matou a esposa e os três enteados, seguido de suicídio, em Goiás, deixando uma carta no qual confessava o crime.
Na manhã desta segunda-feira, dia 16, a Polícia Militar do município de Aporé, localizado no sudoeste de Goiás, foi acionada para atender uma suposta ocorrência de suicídio. No local, segundo o Terra, um homem foi encontrado morto, além de também terem achado uma carta de confissão sobre ter cometido homicídio contra a esposa e os enteados menores de idade.
O caso aconteceu em uma fazenda da cidade, no qual a Polícia Militar realizou uma perícia e logo encontrou a carta do suspeito confessando o crime, que teria acontecido após uma discussão com a mulher, além dele também afirmar ter depressão. Diante da confissão, as autoridades vistoriaram todo o local e encontraram os corpos das vítimas enrolados em redes, dentro de uma carreta fora do barracão.
Ainda segundo o Terra, o delegado Ederson Bueno identificou a família como Priscylla de Oliveira Franco Mafra, de 37 anos, e os filhos dela, Savana Danielly Fernandes Oliveira, de 13, Danilo Fernandes de Freitas Júnior, de 9, e Guilherme Davi Fernandes Oliveira, de apenas 7 anos. As vítimas estavam de férias na fazenda de Goiás e foram mortas com tiros na cabeça.
De acordo com as informações do G1, o crime foi descoberto depois que um amigo do suspeito foi até a fazenda, pois teria sido chamado anteriormente pelo amigo para prestar um serviço no local. O delegado Ederson Bueno explicou que estão aguardando os laudos e os depoimentos de testemunhas, principalmente familiares, para confirmar toda a situação apresentada até o momento.
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Além disso, conforme pronunciamento do delegado responsável pelo caso, a carta deixada pelo homem explicava o que aconteceu e a motivação do crime. O homem vinha discutindo com a esposa por ela não deixar ele exercer autoridade de pai com seus três enteados, visto que ele não era o pai biológico deles, segundo o Terra. Além disso, no dia do crime, durante um passeio, o casal teria discutido novamente sobre o assunto.
O delegado também informou que a discussão entre os dois aconteceu em um córrego próximo a fazenda, local onde o suspeito sacou a arma e atirou contra as vítimas. Além da carta de confissão do crime, o sujeito também deixou um bilhete ao pai, onde ele explicava os detalhes do que fazer com seus bens.
A polícia divulgou que o homem não tinha registro de denúncia de violência doméstica, mas testemunhas informaram que ele tinha ciúme excessivo da esposa. A Polícia Civil de Goiás instaurou um inquérito policial, aguarda o laudo da perícia e irá ouvir algumas testemunhas para esclarecer o caso. A Polícia Científica foi ao local do crime e fez uma perícia completa na fazenda. As vítimas são veladas no ginásio de esportes de Serranópolis (GO).
Os moradores de Serranópolis, onde Priscylla de Oliveira Franco Mafra trabalhava como professora, estão chocados com o crime. Segundo o G1, o barbeiro Ruiter Oliveira Rosa contou que a mulher era muito conhecida na cidade e era professora há muitos anos. Ele afirmou que a vítima era uma pessoa do bem, estudou a vida inteira e que era um choque para todo mundo.
Segundo o Ministério da Saúde, a depressão é uma doença que traz alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, que demonstra tristeza, baixa autoestima e pessimismo. Ao contrário do que muitos pensam, os fatores psicológicos e sociais geralmente são consequência e não o causador da doença. Aos primeiros sinais, é imprescindível o acompanhamento médico e psicológico para o diagnóstico e o tratamento adequado.
Se estiver passando por crises de depressão e precisar de ajuda, não hesite em discar 188. Este é o número da parceria entre o Centro de Valorização da Vida com o Ministério da Saúde. A ligação é gratuita.
Também é possível encontrar atendimento no endereço eletrônico: www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações. Para contatar o SAMU, disque 192. Atendimentos também são realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Pronto-Socorro e Hospitais.
Se você presenciar um episódio de violência doméstica ou familiar, e sentir que as vítimas estão correndo risco imediato, não hesite em ligar para o 190, acionando obrigatoriamente a polícia e o socorro.
Para casos não emergenciais, basta ligar para o 180 ou para o Disque 100, ambos os canais estão disponíveis todos os dias, em qualquer horário e oferecem orientações às vítimas de violência doméstica, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
Os números também atendem denúncias sobre pessoas idosas, população LGBT, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.