Um homem que estava desaparecido há 26 anos foi encontrado neste domingo em um estábulo de um vizinho, em uma aldeia na província de Djelfa, a cerca de 300 quilômetros da capital, Argel.
Agora com 45 anos, Omar foi mantido em uma residência a apenas 200 metros de sua casa. Seu desaparecimento ocorreu durante a guerra civil argelina de 1998, que durou uma década. Na época, sua família acreditava que ele havia morrido no conflito entre o governo e diversos grupos rebeldes islâmicos.
Homem acreditava que o sequestrador havia lançado “feitiço” contra ele
A localização de Omar só foi descoberta após o irmão do sequestrador postar uma denúncia nas redes sociais, motivado por uma disputa de herança. A polícia prendeu um homem de 61 anos, funcionário público na cidade de El Guedid, quando este tentava fugir.
Omar foi imediatamente encaminhado para tratamento médico e psicológico. Segundo relatos da imprensa local, ele nunca tentou fugir ou buscar ajuda pois acreditava estar sob um “feitiço” lançado pelo seu captor.
De acordo com a imprensa argelina, Omar afirmou que nunca tentou escapar ou pedir ajuda porque acreditava que o homem que o mantinha prisioneiro havia lançado um feitiço sobre ele. Ele também relatou aos familiares que, às vezes, os via passar por uma janela e soube do falecimento da mãe em 2013.
“Cachorro ficava por perto”
Emocionado, Omar contou aos familiares que às vezes os via pela janela e que soube da morte de sua mãe apenas em 2013. A mídia argelina também relembrou que o cachorro de Omar permaneceu na porta do sequestrador por um tempo após o desaparecimento do jovem, desaparecendo logo depois.
Este caso dramático destaca não apenas a longevidade e complexidade dos desaparecimentos durante períodos de conflito, mas também a profunda marca deixada nas vidas das pessoas afetadas.